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Blog da Gabi ;)

Divagações, citações, fotos, livros e viagens. Amigos, família, planos, projetos, música. Opinião, conversa pra jogar fora, vontade de escrever.


17.1.07

"Quero a del�cia de poder sentir as coisas mais simples"

Na Revista Bravo deste m�s a matéria de capa � sobre o relan�amento dos livros de Manuel Bandeira, em comemoração aos 120 anos de seu nascimento. além de suas poesias, a editora Cosac Naify vai mostrar uma face dele não tão conhecida: de cr�tico e cronista.

Gostei de ler um pouco mais sobre ele: me apaixonei por ele atrav�s de um livro infanto-juvenil que tive que ler pra escola. A Marca de Uma L�grima foi um dos mais marcantes que j� li até hoje (acho que se lesse hoje não seria tão bom mas, na época mexeu muito comigo - eu devia ter uns 13 anos) e pretendo ler mais de seus livros.

Para quem queria ser engenheiro como o pai e que largou os estudos quando soube que estava com tuberculose, Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho foi longe: tendo se tratado inclusive na Su��a, passado pela Fran�a, onde conheceu poetas, além dos que j� tinha contatos por aqui (existem cartas trocadas entre ele e Drummond), ele � considerado até hoje um dos precursores do modernismo.

Uma poesia que todos conhecem ou j� ouviram/leram algum pedacinho:

Vou-me Embora pra Pasórgada

Vou-me embora pra Pasórgada
L� sou amigo do rei
L� tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasórgada

Vou-me embora pra Pasórgada
Aqui eu não sou feliz
L� a exist�ncia � uma aventura
De tal modo inconseq�ente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive

E como farei gin�stica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d`�gua
Pra me contar as hist�rias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasórgada

Em Pasórgada tem tudo
� outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone autom�tico
Tem alcal�ide � vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
- L� sou amigo do rei -
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasórgada.


Isso me lembra inf�ncia, nos faz ter saudades e esperan�as. Poesia � linda demais quando mexe com a gente! Coisas simples que muitas vezes a gente nem presta atenção e que fazem a diferen�a!

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1 Comentários:

Anonymous J�nior said...

Gostei muito de seu Blog! : )

6/2/08 22:24  

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