Blog da Gabi ;)

Divagações, citações, fotos, livros e viagens.
Amigos, família, planos, projetos, música.
Opinião, conversa pra jogar fora, vontade de escrever.

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

24.3.10

Palavras para se ter em mente



Esse vídeo fez parte da época de nossa faculdade. Lembro perfeitamente daquele bem estar que causou, aquele ânimo de saber que tínhamos a vida inteira pela frente. E eu acredito que ainda temos.

Encontrei o texto original numa revista Seleções antiga e achei legal saber de onde ele veio. Até então era só um vídeo da melhor época da minha vida. Agora, ele tem uma explicação. E continua lindo! Veja só e inspire-se:


"Conselhos de uma palestra que nunca foi feita
(Por Mary Schmich)


A coluna de jornal a seguir, escrita por Mary Schmich no Chicago Tribune em junho de 1997, circulou depois na Internet. Na época, o texto foi atribuído ao escritor Kurt Vonnegut. "Ficaria orgulhoso se essas palavras fossem minhas", disse Vonnegut deleitado.

Para aqueles que estão se formando - ou simplesmente precisam de um lembrete amigo sobre o que é importante na vida - aqui vão as palavras sábias de Schmich.

SENHORAS E SENHORES: Usem protetor solar.
Se eu pudesse dar somente uma sugestão para o futuro, seria a do protetor solar. Os benefícios a longo prazo do uso de protetor foram comprovados pelos cientistas, enquanto o restante de meus conselhos não se baseia em nada mais confiável do que minha própria experiência. Aqui vão eles:
Aproveite a força e a beleza de sua juventude. Ah, esqueça. Você nunca vai compreender a força e a beleza de sua juventude até que elas desapareçam. Mas, acredite em mim, em 20 anos vai rever fotos suas e lembrar como tinha uma aparência realmente maravilhosa. Você não é tão gordo quanto imagina.
Não se preocupe com o futuro. Ou se preocupe, mas saiba que se preocupar é tão eficaz quanto tentar resolver uma equação de Álgebra por meio da mastigação de chicletes. Os verdadeiros problemas podem pegá-lo de surpresa às quatro da tarde de uma terça-feira de folga.
Faça diariamente algo que tenha medo.
Cante.
Não seja descuidado com os sentimentos de outras pessoas. Não se ligue a pessoas que são descuidadas com os seus.
Use fio dental.
Lembre-se dos elogios e esqueça os insultos.
Guarde velhas cartas de amor. Jogue fora velhos extratos bancários.
Espreguice-se.
Não se sinta culpado se não sabe o que quer fazer da vida. Algumas das pessoas de 40 anos mais interessantes que conheço ainda não sabem o que querem fazer da sua.
Trate bem dos joelhos. Você vai sentir falta quando não puder mais contar com eles.
Talvez você se case, talvez não. Talvez tenha filhos, talvez não. Talvez se divorcie aos 40 anos, talvez dance funk em seu 75º aniversário de casamento. Aconteça o que acontecer, não se congratule ou recrimine demais. Suas escolhas têm 50% de chance, como as de todas as pessoas.
Dance.
Leia as instruções, mesmo que não as siga. Não leia revistas de beleza. Vão apenas fazê-lo sentir-se feio.
Conheça bem seus pais. Nunca se sabe quando eles vão partir.
Seja amável com seus irmãos. Eles são o melhor dos elos com seu passado e as pessoas que provavelmente ficarão ligadas a você.
Compreenda que os amigos vêm e vão, mas que com alguns poucos, mais valiosos, você deve ficar. Quanto mais velho, mais vai precisar de pessoas que o conheceram na juventude.
Viaje.
Aceite essas verdades básicas: os preços vão subir. Os políticos vão prevaricar. Você também vai ficar velho. E vai fantasiar que, quando era jovem, os preços eram razoáveis, os políticos eram nobres e as crianças respeitavam os mais velhos.
Respeite os mais velhos.
Não espere que alguém vá sustentá-lo. Talvez você tenha um bom patrimônio. Talvez tenha um cônjuge abastado. Mas nunca se sabe quando um deles vai desaparecer. Não mude o cabelo o tempo todo ou, quando tiver 40 anos, parecerá ter 85.
Tome cuidado com os conselhos que acata, porém seja paciente com aqueles que os dão. Aconselhar é uma forma de nostalgia. Dar conselhos é como pescar o passado do lixo, espaná-lo e o reciclar.
Mas confie no que eu disse sobre protetores solares.
"

Marcadores: , , , ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

21.5.09

Teste de reforma ortográfica

Você já conhece as novas regras ortográficas? Não tem mais trema, muitas palavras não tem mais hífen, alguns acentos foram banidos...

Teste seu conhecimento nesse jogo interativo!

Marcadores:

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

20.5.09

Você tem estilo?

Se sim, pode ser fotografado por Scott Schuman, criador do blog The Sartorialist, especializado em buscar anônimos estilosos mundo afora.

O norte americano está em São Paulo, contratado para fazer a campanha do primeiro aniversário do Shopping Cidade Jardim e irá registrar os frequentadores passeando nos corredores e jardins do centro de compras nos dias 20 e 21 desse mês.

Em seu blog, Schuman reúne fotos que flagram pessoas anônimas que o cativam pelo visual e originalidade de suas roupas em ruas de diversas grandes cidades do mundo.


Obs.: O melhor de tudo do blog é a homenagem que ele fez ao pai, que faleceu no mês passado. As fotos antigas dele são lindas. Veja direto
aqui!


(A foto acima, foi tirada em um café, em Paris!)

Marcadores: ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

23.4.09

Histórias fantásticas, imagens magníficas


A Revista Brasileiros tem uma seção linda, contando de forma diferente histórias de gente comum (ou não tão comum assim).

São vozes dos entrevistados com fotos em preto e branco, estáticas. Lindo!
Veja aqui.

Marcadores:

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

2.1.09

Uma declaração de amor aos livros

As Memórias do Livro, de Geraldine Brooks, vencedora do Pulitzer de Ficção (por outro livro, que também deve ser muito bom!), é uma delícia de leitura!

A protagonista, Hanna, é uma estudiosa e reparadora de documentos antigos. É assim que ela se depara com uma Hagadá (como uma bíblica judaica) com uma característica não muito comum: ela tem imagens para explicar as passagens e os costumes judeus. Datada do século XIV, a obra deveria ter sido queimada na Inquisição posterior ao período. Ou mesmo não deveria ter sido aceita em seu período — quando os iconoclastas destruíam as imagens que representavam Deus e os acontecimentos, alegando que isso era um pecado praticado pelos homens, que tentavam chegar aos pés do Criador com suas imagens (até hoje a adoração de imagens não é aceita por muitas religiões, não é mesmo?).

O livro em que está trabalhando é para uma exposição no museu em Sarajevo — uma cidade que merece a obra, para melhorar a auto-estima de todos, demonstrando que as religiões “conversavam” entre si na época da Convivência — tempo em que judeus, muçulmanos e árabes viviam juntos e respeitavam-se.

Neste livro, ela descobre de quando e de onde começou a ser, graças ao tipo de pergaminho utilizado (uma pele de cordeiro que era de uma certa região e que extinguiu-se há séculos); e também encontra outros detalhes que podem ajudar a reconhecer por onde o livro passou para chegar até os tempos atuais: um pêlo branco, uma asa de um inseto; vinho e sangue; sal; onde foi feita sua última encadernação e porquê lhe faltavam detalhes importantes em sua capa.

É nessa parte que entram as histórias paralelas: cada resquício encontrado tem sua história, mostrando por onde o livro passou e quem o guardou ou salvou: a escravidão de artistas; as cores difíceis de serem encontradas, usadas nas pinturas; a expulsão dos judeus; a Primeira e a Segunda Guerra Mundial; a Santa Inquisição. Tudo por causa de uma pequena marca deixada num livro — portanto, mais do que a história escrita no livro, há a história que o rodeia e que o fez chegar até os tempos atuais.

Tenho uma amiga que detesta que sublinhemos o livro que estamos lendo ou que façamos anotações nele. Ela tem razão — acredita que seja quase que como um abuso, denegrirmos uma “obra de arte”. Mas, nas poucas vezes que vou a uma biblioteca, gosto de ver isso: pelas mãos de quem um livro já passou e quais poderiam ser as impressões dessas pessoas (inclusive é isso que me faz escrever aqui). Um livro pode andar muito e contar muito de nossa história.

Adoro isso: o cheiro do papel, sua cor característica; o amor de quem me deu ou a delícia de escolhê-lo nas prateleiras; o namoro que se segue entre mim e a capa e o pequeno resumo na orelha do livro. São pequenas declarações de amor a um hábito delicioso de ler e respeitar o que está escrito.

O livro As Memórias do Livro foi criado a partir de fatos reais — como a real descoberta desta Hagadá. Acredito que a autora — uma jornalista que trabalhava em Sarajevo na época de tal descoberta — deve ter esse mesmo amor pelos livros (senão mais) e por isso, escreveu um livro que nos faz nos apaixonarmos mais ainda pela leitura.

Muito bem escrito, com informações reais e pertinentes, que não deixam a ficção ser só ficção. Não dá pra parar de ler! Perfeito pra quem ama livros!

Marcadores: ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

28.11.08

Fotógrafa "profi"



Feira livre na Vila Mariana, upload feito originalmente por (...) 3 Pontinhos - Gabi e Vesoloski.

Ultimamente, quando sento na frente do computador, tenho tempo para ver meus emails, algumas vezes respondê-los; atualizar o blog do Empório Biergarten; fazer novos pedidos de cervejas. E só. No restante do meu tempo todo, é cuidar da loja, receber os amigos. Enfim... Trabalhar me divertindo.

Mas, num desses dias que abri meus emails, recebi um pedido que me deixou muito feliz: uma pessoa da Editora Dom Bosco, de Curitiba, que produz livros didáticos, me pediu autorização pra usar essa foto aí de cima em uma nova apostila que eles estão produzindo. É claro que eu dei a autorização, pedi pra colocarem meu nome e mandei a foto em alta, né!?

Não é muito chique? Quase consigo me sentir jornalista de novo! ;)

Marcadores: ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

3.10.08

Matando o português



Vídeo inteligente, não!? Indicação de Kikíssika.

O correto é POSSESSO.

Marcadores:

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

5.8.08

Mau humor

O destino reservou uma mulher para cada homem. Se você conseguir escapar dela, estará salvo.
(Anônimo)

Essa frase veio bem a calhar para dar de resposta ao comentário do Marcelo sobre o meu mau humor. Vamos aos fatos:

Ando bem cansada (o que não é novidade), meio debilitada da saúde (essa tonteira que não passa!) e sem muita paciência para humores. Ou seja, estou para poucos amigos.

Hoje, dentre as várias coisas "de rua" que tivemos que fazer, tiramos meia hora para tomar um capuccino num café. Uma franquia do Café do Ponto. Estava sentindo falta desses momentos relax.

E então, descubro a promoção da franquia: compre R$ 10,00 de coisinhas gostosas, pague mais R$ 4,00 e "ganhe" um livro (é praticamente ganhado mesmo, com esse preço!). Eu adoro livros e isso não é novidade pra ninguém. Portanto, fui escolher qual dos cinco iria adquirir.

Não poderia ser outro: MAU HUMOR, de Ruy Castro, "uma antologia definitiva de frases venenosas". É uma edição de bolso com as melhores citações de ironia, sarcasmo e humor ferino dos livros O amor de mau humor, O melhor do mau humor e O poder de mau humor.

Demos
boas risadas, me diverti e adorei a iniciativa da cafeteria! Deu pra dar uma espairecida básica. Se tiver oportunidade e uns trocadinhos na bolsa, vá lá: tome um café, lendo um livro! Tem coisa mais gostosa?

Os livros são:
- Na sala com Danuza, Danuza Leão;
- Incidente em Antares, Erico Veríssimo;
- Mau Humor, Ruy Castro;
- A Jangada de Pedra, José Saramago;
- Nova Antologia Poética, Vinícius de Moraes.

Obs.: A frase lá em cima — lógico
— foi tirada do livro que EU ADOREI! ;)

Marcadores: ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

4.8.08

Em ritmo de Olimpíadas

A China agora é o país em destaque, graças às Olimpíadas. Mesmo tentando disfarçar todos os seus problemas, sabe-se que há muita coisa maquiada por lá, para receber os turistas e esconder o nepotismo, a tirania, os maus hábitos, os preconceitos.

De qualquer forma, "andando à toa" pela Internet, encontrei ações interessantes e inteligentes para mostrar uma dura realidade:


Mais uma ação da UNICEF. Na China, adesivos em escadas colocavam “crianças” nas ruas. No cartaz: “Não me ignore. A China tem mais de 1,5 milhões de crianças passando necessidades”. Da Ogilvy, Xangai.
McCann chinesa criou esta peça para angariar fundos para combater a seca no país. O texto: “Suas moedas são fonte de vida. Por favor ajude-nos a construir cisternas no oeste da China.”

Marcadores: ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

13.7.08

Das Leben is zu kurz für den falschen Job.
(A vida é muito curta para um emprego errado.)

Campanha do site alemão jobsintown.de, retirado daqui.

Por sinal, o blog CAFEÍNA merece sua visita: fotos lindas; idéias bem elaboradas e sempre uma compilação de músicas deliciosas, maravilhosas, novas e antigas, jazz ou rock para serem ouvidas. Eu garanto que você não vai se arrepender!

Pra mim, é arte num blog! ;)

Marcadores: ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

21.6.08

Fotos com Lego

Olha que graça!
Mike Stimpson se inspira em fotos clássicas, de momentos marcantes de nossa história. Ele as refaz com sua coleção de bonecos Lego. Você pode ver todas clicando aqui!

O mais legal é que ele mesmo já faz links para as respectivas imagens originais. Ou seja, suas fotos de Lego são totalmente culturais! Divirta-se!

Marcadores:

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

19.6.08

Quase erudita

"Para você testar o seu vocabulário em determinada língua, não é necessário que todas as palavras que compõem o idioma lhe sejam apresentadas, bastará apenas retirarmos aleatoriamente alguns vocábulos menos usados, bem como termos usuais empregados numa conversação entre pessoas cultas. "

Isso é o que está escrito antes de você começar o teste de vocabulário da língua portuguesa que recebi. O meu resultado foi de 25 pontos — de 30 palavras do teste, acertei o significado de 25 —, o que significa, segundo a resposta do teste, que tenho um excelente vocabulário e se continuar lendo bastante, posso até me tornar uma filóloga. ;)

Faça o teste você também. É bem interessante: Teste aqui.

Marcadores:

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

19.5.08

Uma tarde no Mercadão de SP


Mercadão, 75 anos com São Paulo

O Mercado Municipal Paulistano, o Mercado da Cantareira, o Mercado do Parque Dom Pedro ou simplesmente "MERCADÃO", como é popularmente conhecido, comemora seus 75 anos. São 75 anos dedicados à cidade de São Paulo, que faz aniversário no mesmo dia 25 de janeiro.

Mesmo antes de se transformar no grande mercado central, sua vocação e sua identidade paulista e paulistana já se revelava. Em 32, quando eclodiu a Revolução Constitucionalista, o prédio destinado a abrigar barracas de verduras, frutas, peixes, cereais, especiarias, carnes e todo tipo de alimentos, abrigou durante um período os jovens revolucionários que aguardavam ali, no imponente prédio idealizado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, o momento certo de embarcarem nos trens que partiam de São Paulo para os campos de batalha.

Como se vê, a agitação do Mercadão começou cedo. Falando em começar cedo, é bom lembrar que este pedaço importante da cidade é, como diz a música, "São Paulo que amanhece trabalhando". Durante toda a noite, madrugada adentro, caminhões, carregadores, permissionários (é assim que são chamados os comerciantes que possuem boxes ou bancas), feirantes, atacadistas, donos de restaurantes, realizaram a proeza de fazer chegar do campo até o consumidor final, a alegria de dispor em sua mesa de um abacaxi ("docinho, freguesa" - na voz do feirante), de uma caixinha de morangos vermelhos prontos para receber a companhia do creme chantilly; o peixe assado ou frito com o molho de camarão, tudo muito fresco; o pernil assado aos poucos, com espiadas no forno de quando em quando para regá-lo com seu preparado secreto. Tudo isso e o bacalhau... Ó o bacalhau de todos nós. Páscoa, Natal, Dia das Mães, dos Pais - sempre é dia.

Tal como na vida de cada um de nós, na vida do Mercadão, nestes 75 anos, os dias nem sempre foram de flores e tampouco o “Sol de brigadeiro”. O prédio do Mercadão sofreu, desde sempre, com as chuvas. A região onde está situado era por onde o rio Tamanduatei passava – um rio que antes, cheio de curvas, espraiava suas águas ali. Não é à toa que, bem próximo ao Mercadão, exista a Ladeira Porto Geral, antigo porto por onde desembarcavam as mercadorias vindas de toda parte e por onde hoje, na Estação do Metrô, desembarcam milhares de pessoas vindas de toda parte ávidas por compras nas lojas da rua 25 de Março e cercanias, região antes habitada e povoada pela colônia árabe.

Por conta das enchentes, do uso contínuo, da ação de vândalos e do abandono pelo poder público, o Mercadão de tempos em tempos exigia uma reforma para seguir em frente com seu destino. Na última, realizada em 2003, o Mercadão, além das reformas estruturais necessárias, ganhou uma cara nova, aumentou de tamanho e de freguesia, com a chegada dos turistas.

A reforma trouxe à cena os vitrais do grande mestre, Conrado Sorgenicht Filho, que em 1926 iniciou uma série de visitas a fazendas no interior de São Paulo para registrar em seu acervo fotográfico, e depois nos vitrais, a história econômica de nosso Estado, mostrando o ciclo da lavoura cafeeira com toda sua pujança e brilho. Recuperados os vitrais, as luminárias, suas ruas internas, o “Salão de Eventos” e toda sua área construída, o velho Mercado viu agregar-se a ele, não sem muita revolta, uma nova área construída. Um mezanino onde estão instalados diferentes restaurantes temáticos que se juntaram ao prazer gastronômico oferecido pelas lanchonetes e bares (e agora também restaurantes) do piso térreo, que durante todos esses anos foram responsáveis pelos famosos sanduíches de mortadela; pastéis, bolinhos de bacalhau e tantas outras delícias que fazem do Mercadão um ponto gastronômico imperdível para quem vive ou visita São Paulo. Até mesmo o escritor Mário de Andrade se encantava com as frutas e queijos quando, em 1935, dava expediente como diretor do Departamento Municipal de Cultura, instalado no prédio anexo ao Mercado.

Com uma cara renovada, com um jeito juvenil, falando alto, se movimentando a todo vapor, o Mercadão é, sem dúvida, um ícone de São Paulo. Aos 75 anos, tendo no seu interior 290 empresas, funcionando sem parar, este centro de abastecimento é campeão de vendas em muitos itens, graças à dedicação e empenho de todas as famílias que no Mercadão se estabeleceram. Portugueses, italianos, árabes, japoneses, brasileiros, pioneiros há 75 anos atrás, quando a cidade dava seus primeiros passos para este lado leste e o trem da Cantareira — cantado por todos nós através deste poeta e músico maior, Adoniran Barbosa, autor de “Trem das Onze” —, fazia o elo de ligação entre os chacareiros da zona norte, Jaçanã, com o centro, com o Mercadão, juntando partes desta mesma São Paulo.

Mercado Municipal
Rua da Cantareira, 306 – Centro – São Paulo – SP

Fonte: folheto do restaurante SALADA PAULISTANA, localizado na rua J, boxes 26 e 28, do Mercadão de São Paulo.

Marcadores: , ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

23.4.08

Mussarela ou muçarela?

Eu falo: bar sempre é cultura.

Ontem, em mais uma dessas discussões "acirradas" no balcão do Cervejarium, começamos a nos questionar sobre as dificuldades de se falar e escrever corretamente a língua portuguesa.

Tudo começou porque as figurinhas carimbadas que encontramos sempre no começo da semana no bar — dois estudantes/ pesquisadores profissionais da USP
estavam ali, entre uma cerveja e outra, fazendo uma pequena arte na lousa para a divulgação das novidades do cardápio.

Ele escreveu pulenta. Eu tive que corrigir (esse meu mau hábito já me pregou algumas peças...): "É pOlenta. Com O". E então ele, depois de corrigir seu erro, me contou sobre o costume de ler muitos textos em inglês (por causa de suas pesquisas) e que, muitas vezes, enxerga erros em textos em inglês que não consegue detectar nos textos do nosso querido português.

E então veio a pérola. Uma dica importantíssima e que eu A M E I : para escrever os seus textos científicos e não correr riscos de escrever palavras erroneamente como, por exemplo, "íons carregadamente de energia" (sei lá! Algo assim), ele tem uma "arma secreta".

Carregadamente não existe. Pensando com calma, dá realmente pra perceber que a palavra é estranha. Mas, e mussarela? Ou muçarela? Ou muzarela? Como você acha que se escreve corretamente?

E agora, vou mostrar a pérola VOLP - Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa que ele me apresentou. Note bem: não é dicionário. É vocabulário. Feito e atualizado a cada dois anos pela Academia Brasileira de Letras. Um charme!

Vai me dizer que você conhecia?
Bem... Eu não. E AMEI a dica. E também foi lá que eu realmente descobri que muçarela é com Ç ou com Z
muzarela. Porque vem do italiano mozarela.

Realmente, o português é complexo. Mas é LINDO! E quando acontecem descobertas como essa pra mim, sobre a língua, eu fico mais apaixonada ainda por ela!

Ai, ai...

Marcadores: ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

17.4.08

Nova onda



Nouvelle Vague em francês quer dizer "nova onda". E a "banda" Nouvelle Vague é um coletivo musical francês arranjado por Marc Collin e por Olivier Libaux. O nome deles é um jogo de palavras, referindo-se simultaneamente à "francesidade" deles, ao movimento artístico do cinema francês Nouvelle Vague, dos anos 60, à fonte de suas canções (todas são covers de músicas punk e new wave dos anos 80) e ao uso do estilo Bossa nova, também dos anos 60.

Normalmente são mulheres que cantam, sempre músicas que não tenham a ver com o que normalmente cantam. São regravações de outros estilos, com releituras do material.

Dica MARAVILHOSA de uma amiga que foi ao show do coletivo na semana passada.
Eu estava precisando de uma "nova onda" na minha vida...
Valeu, Carol! ;)

Marcadores:

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

10.4.08

Cultura não tão útil mas, interessante

Sabe aquelas coisas que você lê e que quer guardar em algum lugar? Tipo, recortar ou copiar pra não esquecer. Só pra ter o que conversar numa mesa de bar ou pra manter assuntos aleatórios atraentes?

Então! Eu ADORO copiar essas informações legais. E estou lendo um livro cheio de coisinhas legais. Em somente 60 páginas de "Comer, rezar, amar", veja o que já escolhi para guardar entre os meus recortes:


- Na Índia, quando você vai especialmente a lugares sagrados e comunidades que promovem a evolução espiritual, vê várias pessoas usando contas em volta do pescoço. Iogues também usam as mesmas contas. Esses cordões se chamam japa malas. São usados há séculos, para ajudar os devotos hindus e budistas a se concentrarem durante a meditação ritual. O colar é segurado com uma das mãos e manipulado em círculo — para cada repetição do mantra, toca-se uma conta. Quando os cruzados medievais foram para o Oriente durante as guerras santas, gostaram da técnica e levaram a idéia de volta para a Europa na forma do terço.

- Ciao (palavra de cumprimento em italiano) é uma abreviação de uma expressão usada pelos venezianos medievais como cumprimento informal: Sono il suo schiavo!, ou seja: "Eu sou o seu escravo."

- A Europa era uma confusão de inúmeros dialetos derivados do latim que aos poucos, ao longo dos séculos, se transformaram em alguns idiomas distintos — francês, português, espanhol, italiano. O que aconteceu na França, em Portugal e na Espanha foi uma evolução orgânica: o dialeto da cidade mais proeminente se tornou, aos poucos, a língua oficial da região toda. Portanto, o que hoje chamamos de francês é na verdade uma versão do parisiense medieval. O português é na verdade o lisboeta. O espanhol é essencialmente o madrilenho.

Na Itália foi diferente. Ela só se unificou bem tarde (1861) e, até então, era uma pesínsula de cidades-Estado em guerra entre si, dominadas por orgulhosos príncipes locais ou por outras potências européias. Assim, não é de espantar que, durante séculos, os italianos tenham escrito e falado dialetos locais incompreensíveis para quem era de outra região. No século XVI, alguns intelectuais italianos se juntaram e decidiram que isso era um absurdo. A península italiana precisava de um idioma italiano, pelo menos na forma escrita, que fosse comum a todos. Então, esse grupo de intelectuais fez uma coisa inédita na história da Europa; escolheu a dedo o mais bonito dos dialetos locais e o batizou de italiano.

Ao publicar sua Divina Comédia, em 1321, descrevendo em detalhes uma jornada visionária pelo Inferno, Purgatório e Paraíso, Dante Alighieri havia chocado o mundo letrado ao não escrever em latim. Considerava o latim um idioma corrupto, elitista, e achava que o seu uso na prosa respeitável havia "prostituído a literatura". Em vez disso, Dante foi buscar nas ruas o verdadeiro idioma florentino e usou esse idioma para contar sua história. Ele escreveu sua história no que chamava de dolce stil nuovo, o "doce estilo novo" do vernáculo. Os intelectuais escolheram o italiano de Dante a língua oficial da Itália. O idioma é fundamentalmente dantesco.

- Uma velha canção country texana diz: "I've been screwed and sued and tattooed, and I'm still standin' here in front of you..." (Já fui enganado, processado e tatuado, e ainda estou aqui em pé na sua frente).

Esta última citação caiu como uma luva para o meu atual estado profissional, familiar, sentimental e todo o resto. Completamente fora do eixo mas ainda de pé.

Marcadores: ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

3.4.08

Quando eu crescer...

Quero ser assim!

Confessionário: Maria Adelaide Amaral

Na Revista Bravo, este foi o melhor texto, dentre todos que li no mês de março. Não é nem pela Maria Adelaide Amaral, personagem do texto (que é excelente também, é claro) mas, pela forma como foi escrito. Praticamente uma poesia.

Armando Antenore, autor dessa maravilha, sou sua fã!

Marcadores:

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

27.2.08

Lá vem história pras crianças

Ando lendo livros de fábulas e contos de fadas. Histórias da Rússia; histórias do folclore brasileiro menos conhecidas; um livro com todos os contos dos irmãos Grimm reunidos, mas menos fantasiosos (vou falar sobre ele já-já).

Além disso, tenho sobrinhos que, graças a Deus, adoram livros e histórias antes de dormir. E assim, dentre os vários livros começados ao mesmo tempo que estou lendo (uma bagunça pouco normal para os meus padrões), peguei emprestado um livro novinho do Hugo, meu sobrinho — que devo devolver o quanto antes para sua mãe ter mais conteúdo nas noites que a criança passa em claro.


As histórias deste livro são adaptações das que são apresentadas no programa Lá vem história da TV Cultura de São Paulo. Todas as historinhas contadas nele, são releituras da autora Heloisa Prieto, de histórias e contos folclóricos do mundo todo. Uma delícia pras crianças, editada e publicada pela Companhia das Letrinhas, um braço infantil da editora Companhia das Letras. Falando nisso, acho um charme uma editora já consagrada fazer uma editora só pra livros infantis.


Já li todas as historinhas. Afinal, tenho que devolver o livro. Transcrevo a que mais gostei, abaixo. Divirta-se! E não deixe de ler histórias para suas crianças (porque na verdade, a gente sempre se diverte junto)! ;)

Os cegos e o elefante

Numa cidade da Índia viviam sete sábios cegos. Como seus conselhos eram excelentes, todas as pessoas que tinham problemas os consultavam. Embora fossem amigos, havia uma certa rivalidade entre eles, que de vez em quando discutiam sobre qual seria o mais sábio.

Certa noite, depois de muito debaterem acerca da verdade da vida, e não chegarem a um acordo, o sétimo sábio ficou tão aborrecido que resolveu ir morar sozinho numa caverna da montanha. Disse aos companheiros:

— Somos cegos para que possamos ouvir melhor e compreender melhor que as outras pessoas a verdade da vida. E, em vez de aconselhar os necessitados, vocês ficam aí brigando como se quisessem ganhar uma competição. Não agüento mais! Vou-me embora.

No dia seguinte, chegou à cidade um comerciante montado num elefante imenso. Os cegos jamais haviam tocado nesse animal e correram para a rua ao encontro dele.

O primeiro sábio apalpou a barriga do bicho e declarou:
— Trata-se de um ser gigantesco e muito forte! Posso tocar em seus músculos e eles não se movem: parecem paredes.
— Que bobagem! — disse o segundo sábio, tocando na presa do elefante. — Este animal e pontudo como uma lança, uma arma de guerra. Ele se parece com um tigre-dente-de-sabre!
— Ambos se enganam! — retrucou o terceiro sábio, que apalpava a tromba do elefante. — Este animal é idêntico a uma serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na boca. É uma cobra mansa e macia.
— Vocês estão totalmente alucinados! — gritou o quinto sábio, que mexia nas orelhas do elefante. — Este animal não se parece com nenhum outro. Seus movimentos são ondeantes, como se seu corpo fosse uma enorme cortina ambulante!
— Vejam só! Todos vocês, mas todos mesmo, estão completamente errados! — irritou-se o sexto sábio, tocando a pequena cauda do elefante. — Este animal é como uma rocha com uma cordinha presa no corpo. Posso até me pendurar nele.

E assim ficaram debatendo, aos gritos, os seus sábios, durante horas e horas. Até que o sétimo sábio cego, o que habitava agora a montanha, apareceu conduzido por uma criança. Ouvindo a discussão, ele pediu ao menino que desenhasse no chão a figura do elefante. Quando tateou os contornos do desenho, percebeu que todos os sábios estavam certos e errados ao mesmo tempo. Agradeceu ao menino e afirmou:

— Assim os homens se compartam diante da verdade. Pegam apenas uma parte, pensam que é o todo e continuam sempre tolos.

(História do folclore hindu)

Serviço:
Lá vem história - Contos do folclore mundial
Escrito por Heloisa Prieto
Ilustrado por Daniel Kondo
Companhia das Letrinhas

Marcadores: ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

22.2.08

Cinema para o fim de semana

Pra uma sexta-feira com um tempo que parece prometer chuva no fim de semana todo, um cineminha vai bem.



"A gente vive. A gente morre.
E o mundo continua a girar."

Os comentários são de que o filme é de chorar mas, Antes de Partir também pode fazer com que enxerguemos o mundo de uma forma diferente, com mais vontade de viver (pelo menos é o que parece no trailer). Aqui, você vê o trailer com legenda.

Detalhe: o nome original do filme é The Bucket List. No trailer, Freeman explica que é a "lista das botas", o que remete diretamente a bater as botas. Mas, na tradução literal, bucket é balde. Portanto, nossos amigos gringos não batem as "botas", eles batem os "baldes" (Kick the bucket).

Marcadores:

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

22.11.07

Uvas no quintal

Margarida é uma pessoa que tem mãos para plantar. Foi ela quem pegou um pauzinho seco de nossa antiga parreira e "enfiou" na terra. Deste pauzinho seco, fez-se uma nova muda e voltamos a ter uma parreira de uvas em nosso quintal. Agora, elas estão assim, verdinhas ainda. Mas como tem muita gente que passa daqui pra lá, de lá pra cá no nosso quintal, estamos de olho para que elas consigam ficar maduras antes que alguém "bique".

Vendo como a parreira está ficando bonita, lembrei-me da fábula de Esopo e, para ilustrar o que é comum dentre muitas pessoas, vou reproduzí-la aqui (retirado do magnífico e raríssimo livro de minha mãe — "Fábulas de La Fontaine" —foi ele quem reescreveu muitas das fábulas de Esopo):

A Raposa e as Uvas

"Certa raposa, quase morta de fome, viu, no alto de uma parreira, umas uvas que pareciam maduras. De bom grado as comeria, mas, como não podia alcançá-las, disse:
— Estão verdes, não prestam, só os cães as podem tragar!
Eis, porém, que cai uma folha. Pensando que era uma uva, mais do que depressa volta o focinho.
E quantos são assim na vida: desprezam, desvalorizam o que não podem conseguir. Mas basta uma pequena esperança, uma mínima possibilidade para que virem, como a raposa, o focinho. Olham à volta, que vós os encontrareis em grande quantidade."

Marcadores: ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

O que eu mais gosto

Entre sexta e sábado da semana passada (no meio da emenda do feriado), fomos pra São Paulo e não teria como eu me esbaldar mais do que fazendo o que fizemos: além de irmos a bares legais, comermos bem e nos hospedarmos no centro da cidade (o que me deu um pouco de medo, infelizmente — mas tudo correu bem. Eu que sou meio neurótica), fomos a livrarias.

Primeiro, fomos à Vila Madalena, um bairro que por si só já vale o passeio: muitas lojinhas de artesanato, bares legais e... A Livraria da Vila: sempre namorei o lugar mas, como normalmente, quando vamos a Sampa, passamos ali à noite, nunca tive o prazer de entrar.

Hummmm... Uma delícia! Ela nem parece ser tão grande quanto é, olhando pelo lado de fora. É claro que eu já fiz meu cartãozinho de cliente cativa, pra já ganhar uns descontos. Mas, só de passear por ali, já valeu o passeio! Depois disso, fomos ao bar "Salve, Jorge!" — outro lugar que mereceu a visita. Estava sentindo falta de ir a lugares diferentes como esse.

Já no sábado, fomos tomar café-da-manhã na Galeria dos Pães: D-I-V-I-N-O! Não se pode chamar aquilo só de café-da-manhã e sim de brunch. Não comemos mais nada depois do banquete da manhã. E aí, dei uma enrolada em todo mundo que participava do passeio e quando viram, já estávamos dentro da Livraria Cultura, outra livraria que eu estava louca para conhecer (as fotos são todas de lá). Pra mim, ir a uma livraria é praticamente como ir a uma exposição de arte: não precisa comprar nada. Só de ver, folhear os livros, ver as pessoas e as crianças lendo — gente! Isso é uma delícia!

Marcadores: ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

14.11.07

Um espetáculo de abraços

Ontem queríamos MUITO ter assistido ao espetáculo que teve em nossa cidade. O Teatro Mágico é um "sarau" diferenciado: o objeto principal é cantar. Mas, além disso, eles dançam, fazem malabarismos, usam de teatro e circo... O ator principal se veste de palhaço; tem um gordinho que se veste de bailarina; a caracterização de maquiagem e figurino seguem o estilo clown. Na internet, através do YouTube e mesmo por seu site e suas comunidades do Orkut, são já bem conhecidos. E usam exatamente esse recurso para se promover: o boca a boca e a divulgação online. Conheça acessando o site. Vale a pena! É lindo!!!

Pois bem... Chegamos ao clube onde seria o espetáculo e a fila já dobrava o quarteirão. Muita gente bem novinha — o que causou a demora para a fila andar: menores de 18 anos não entravam. E a gente lá, na fila, esperando a nossa vez e curtindo os tipos diferentes. Sabe como é estudante da USP, né!? Todo antenado, todo "tô nem aí". (Foram os estudantes de lá que organizaram.) E muita gente foi a caráter para o evento: com rostos pintados de palhaços, fantasias. Tinha até um Jack Sparrow andando por lá. Diversão garantida sem sair da fila. Além destes tipos, um grupo em especial nos chamou a atenção: eles andavam com nariz de palhaço (não sei bem porquê, talvez em homenagem ao espetáculo) e tinham em suas mãos um cartaz escrito ABRAÇO GRÁTIS. Eles se espalharam pela fila e ofereciam seu abraço grátis — um lindo gesto!

Continuando na noite de ontem: cansamos de esperar, a fila não andava e a gente via que ia ficando cada vez mais tarde (hoje ainda se trabalha, né!?). Desistimos, vendemos nossos convites e fomos para uma cervejinha no Cervejarium. Foi bom mas eu queria ter visto a apresentação.

Enfim... Hoje, meu digníssimo namorado começa a fazer suas pesquisas na Internet e encontra isso: Free-Hugs: com um cartaz nas mãos, você oferece às pessoas um abraço grátis, pra elas saberem que são importantes. E qualquer um pode participar — é só se propôr a isso.

Inspire-se nesse vídeo:

Marcadores:

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

13.11.07

Pra voar é preciso sonhar, diria Rolim

No último domingo, fomos a São Carlos a trabalho — acredita!? Em pleno domingo! — e aproveitamos pra conhecer o Museu Asas de Um Sonho, que há tempos estamos namorando, doidos pra conhecer.

O espaço é bem grande (um prédio de 20.000 m²) e você ainda pode ver, por uma janela, o hangar onde estão os aviões da TAM, em uso atualmente. Além disso, há um espaço reservado às homenagens e fotos do Comandante Rolim, que, junto com seu irmão, sonhou com o museu. Os irmãos Amaro começaram a reformar aviões antigos e muitas vezes raros — por hobby, para voarem com amigos nos finais de semana.

Mas, logo veio a idéia do museu. Nele, você conhece um pouco mais sobre a evolução da aviação no Brasil: primeiro, de responsabilidade da marinha e do exército, até ser criada a força aérea brasileira. E também muito sobre o 350º Regimento Brasileiro, que participou da Força Expedicionária Brasileira, a força militar brasileira que lutou na Segunda Guerra Mundial, ao lado dos Aliados, na Itália. O grito de guerra da equipe de aviação era "Senta a Púa" e eles inclusive tinham o mascote para ser pintado nos aviões.









O acervo conta com 70 aeronaves, algumas raríssimas e muitas em condições perfeitas de vôo. Ao lado de cada modelo, placas explicam como a aeronave foi encontrada, adquirida e restaurada. A que eu mais gostei foi esse aviãozinho vermelhinho aí embaixo:

"American Flea Ship

Este pequeno avião foi provavelmente na história aeronáutica o primeiro a ser projetado e construído por uma mulher. Além disso, antecipou o conceito atual de venda de kits e modelos do tipo "faça você mesmo". O American Flea Ship do acervo é certamente o único exemplar na América Latina e talvez o único no mundo em condições de vôo. Produzido em 1939 e importado pelo Brasil, voou poucas horas. Em 1942 seu proprietário, Joaquim Bicudo Ferraz, solicitou o cancelamento da matrícula temendo alguma requisição pelo governo para uso militar devido ao envolvimento do país na Segunda Guerra Mundial. Depois disso o avião foi desmontado, permanecendo assim por mais de 40 anos, até ser encontrado no fundo de um hangar em Itu, SP. Em 1998, foi minucionamente montado na cidade de Erechim, RS, por seu então proprietário, Com. Carlos A. Ramos, antigo piloto da TAM. E foi no mesmo ano incorporado ao acervo da EDUCTAM, por meio de uma troca por uma motocicleta."

Todas as plaquinhas são mais ou menos assim: explicativas e gostosas de ler! Assim, a gente fica sabendo um pouco mais de tudo, né!? Eu indico! Muito legal!

Marcadores: , ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

8.11.07

Torne-se exemplo da anormalidade!

Via email, recebi da tia Kika o ótimo texto abaixo e confesso: a mediocridade pra mim, é se tornar normal — viver dentro de normas e regras que você mesmo se impõe e através delas, ter a capacidade de perder seu precioso tempo a julgar os outros.

Vá viver! Fuja da normose! Quebre suas regras!
Ser igual a todo mundo é uma chatice...

Concorde comigo e com Marta Medeiros:

NORMOSE

Lendo uma entrevista do professor Hermógenes, 86 anos, considerado o fundador da ioga no Brasil, ouvi uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal. Todo mundo quer se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito “normal” é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido.

Quem não se “normaliza“ acaba adoecendo. A angústia de não ser o que os outros esperam de nós gera bulimias, depressões, síndromes do pânico e outras manifestações de não enquadramento. A pergunta a ser feita é: quem espera o quê de nós? Quem são esses ditadores de comportamento a quem estamos outorgando tanto poder sobre nossas vidas?

Eles não existem. Nenhum João, Zé ou Ana bate à sua porta exigindo que você seja assim ou assado. Quem nos exige é uma coletividade abstrata que ganha “presença“ através de modelos de comportamento amplamente divulgados. Só que não existe lei que obrigue você a ser do mesmo jeito que todos, seja lá quem for todos. Melhor se preocupar em ser você mesmo.

A normose não é brincadeira. Ela estimula a inveja, a auto-depreciação e a ânsia de querer o que não se precisa. Você precisa de quantos pares de sapato? Comparecer em quantas festas por mês? Pesar quantos quilos até o verão chegar?

Não é necessário fazer curso de nada para aprender a se desapegar de exigências fictícias. Um pouco de auto-estima basta. Pense nas pessoas que você mais admira: não são as que seguem todas as regras bovinamente, e sim aquelas que desenvolveram personalidade própria e arcaram com os riscos de viver uma vida a seu modo. Criaram o seu “normal“ e jogaram fora a fórmula, não patentearam, não passaram adiante. O normal de cada um tem que ser original. Não adianta querer tomar para si as ilusões e desejos dos outros. É fraude. E uma vida fraudulenta faz sofrer demais.

Eu não sou filiada, seguidora, fiel, ou discípula de nenhuma religião ou crença, mas simpatizo cada vez mais com quem nos ajuda a remover obstáculos mentais e emocionais, e a viver de forma mais íntegra, simples e sincera. Por isso divulgo o alerta: a normose está doutrinando erradamente muitos homens e mulheres que poderiam, se quisessem, ser bem mais autênticos e felizes.

Martha Medeiros
05.08.07
Jornal Zero Hora - Porto Alegre - RS

Marcadores: ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

31.8.07

A história do brigadeiro

Navegando por outros blogs, li neste aqui, o que copio abaixo: a história do brigadeiro! Verdadeira ou falsa, achei bem interessante! O duro é que me deu uma vontade de comer brigadeiro....

Acusa-se o leite condensado de padronizar o sabor de antigos doces brasileiros, sobrecarregando-os de açúcar, comprometendo sua delicadeza e ajudando a destruir a diversidade do paladar nacional. A crítica faz sentido. Fascinados pela sua cremosidade, homogeneidade e concentração de sacarose que chega a doer na garganta, adquirimos o hábito de despejá-lo em tudo. Só porque o consideramos gostoso, achamo-nos no direito de modificar ícones centenários, como o pudim de leite e a sericaia de Elvas, ambos nascidos nos conventos portugueses dos tempos coloniais.

Entretanto, sem o leite condensado, que chegou da Suíça no início do século XX com o nome de Leite Moça, não haveria brigadeiro, o docinho mais amado do Brasil. Favorito das crianças, converteu-se na estrela das suas festas.

As informações sobre onde e quando o brigadeiro foi inventado se mostram imprecisas. Quanto à autoria, parece ter sido coletiva. Afinal, nada mais elementar ou intuitivo do que combinar seus ingredientes: leite condensado, chocolate e manteiga. Inicialmente, chamava-se negrinho, em alusão à massa escura. Até hoje os gaúchos o denominam assim.

A voz do povo informa que virou brigadeiro em 1945, quando Eduardo Gomes disputou com Eurico Gaspar Dutra a presidência da República, sendo derrotado nas urnas. Brigadeiro da Aeronáutica, ele ajudara a escrever um capítulo da história do Brasil. Foi um dos líderes do Tenentismo, movimento político emergido entre oficiais jovens das Forças Armadas, celebrizado pela rebelião militar de 1922. No dia 5 de julho, um grupo formado por três oficiais, quinze praças e um civil que se juntou no trajeto, saiu do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, e enfrentou a tropa governamental fortemente armada. O combate durou 30 minutos. O futuro Brigadeiro sofreu um tiro de fuzil e caiu gravemente ferido.

Eduardo Gomes ainda fundou o Correio Aéreo Nacional e se converteu em patrono da Força Aérea Brasileira. Em 1950, voltou a disputar a presidência, perdendo para Getúlio Vargas. 'Vote no Brigadeiro, que é bonito e é solteiro', dizia o slogan eleitoral, que não lhe rendeu os votos necessários, mas fascinou as mulheres. Dutra era homem feio e Getúlio nunca constituiu padrão de beleza.

Duas versões explicam o nome do docinho difundido nacionalmente a partir dos anos 50. A primeira conta que mulheres do Rio de Janeiro, engajadas na campanha de Eduardo Gomes, preparavam negrinhos em casa e os vendiam na rua com o nome de brigadeiro, destinando o dinheiro ao fundo de campanha. A outra, espalhada pelos adversários do candidato, é difícil contar sem incorrer em vulgaridade. Mas, como circula no país, precisamos registrá-la. O tiro desferido em Eduardo Gomes na rebelião do Forte de Copacabana haveria atingido os testículos. Ora, a receita do docinho brigadeiro não utiliza ovos. Assim, o nome teria conotação maldosa.

Apesar de batizada no Rio de Janeiro, a receita provavelmente se originou em São Paulo na década de 20 ou 30. A dedução se baseia em uma evidência. Quando o docinho surgiu, seus ingredientes básicos eram elaborados no Estado. Em 1921, a Nestlé abriu em Araras, a 171 quilômetros da capital paulista, a fábrica número um no Brasil e logo passou a elaborar o pioneiro Leite Moça. O produto representa até hoje o maior volume de vendas entre os mais de mil itens que industrializa no país. Ainda em 1921, começou a funcionar no bairro da Mooca, em São Paulo, uma prestigiada indústria de chocolates. Chamava-se Gardano. Fabricava um chocolate em pó de qualidade e prestígio, conhecido entre os consumidores como 'chocolate dos padres', por reproduzir na embalagem uma tela do pintor toscano Alessandro Sani, do século XIX, na qual dois sorridentes monges católicos aparecem diante de uma panela e de um prato. Também fabricava o Mentex. Foi incorporada pela Nestlé em 1957, mas os monges permaneceram na embalagem. Até hoje ilustram o Chocolate em Pó Solúvel Nestlé, com a pintura original de Sani transformada em desenho.

Coincidentemente, as antigas receitas de brigadeiro recomendam 'chocolate dos padres' e Leite Moça. A elaboração do brigadeiro, embora simples, pressupõe o domínio de certos truques. 'Pode-se deixar a massa cozinhar menos ou mais tempo', ensina o pâtissier Flávio Federico, de São Paulo. 'No primeiro caso, haverá um docinho de textura macia; no outro, ele ficará meio puxa-puxa e grudará nos dentes'. Existe um terceiro segredo. 'Caso seja preparado em fogo muito alto e houver um movimento não uniforme da espátula ou colher na panela, o açúcar do leite condensado caramelizará e formará pequenas bolinhas crocantes na massa', acrescenta Flávio Federico.

Ai que vontade de brigadeiro! Por isso, fui procurar na "fonte" uma receitinha pro fim de semana! (Se é que alguém não sabe fazer brigadeiro...) Clique aqui!

Marcadores: ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

28.8.07

A história do Paraná em um museu

Pra finalizar as histórias sobre Curitiba: também fizemos nosso passeio cultural na cidade. Visitamos o Museu Paranaense.

Ali, a história do Paraná, de Curitiba e de pessoas importantes para os paranaenses. A casa onde é o museu, foi construída por Julio Garmatter, para ser residência de sua família, também foi sede do governo estadual — passando a ser conhecido como Palácio São Francisco.

Com piso de madeira, janelas enormes e muito bem conservada, a construção já merece a visita. Mas o museu conta muito mais do que isso: há uma sala com gravuras, pinturas e fotos dos irmãos Karla e Vladimir Kozák, tchecos que se naturalizaram brasileiros e cidadãos curitibanos e que fizeram sua arte lá. Ele filmou, pintou, fotografou, e muito, os indígenas da região. Enquanto que ela desenhou como ninguém as plantas, como orquídeas e bromélias, da mata nativa.

Por todo o prédio há fotos de pessoas ilustres do Paraná, como governadores, interventores e coisas assim... Bem políticas e específicas do pessoal do sul. Dentre as fotos, a imagem de Vicente Machado (1839 - 1887), que fez direito e trabalhou como jornalista, sendo editor do jornal "A República", de sua época; e Iria Correia (1839 - 1887), primeira pintora nascida no Paraná, em Paranaguá.

O museu também tem a história dos sambaquis da região (coisa que eu nem imaginava o que era), com pôsters gigantes das escavações nessas áreas. Conta-se que os índios faziam esses depósitos de "restos", como conchas, esqueletos e restos de animais. É difícil de explicar: são gigantescas as montanhas desses fósseis e são mais comuns em lugares próximos ao mar e rios.

Outra pessoa interessante que "conheci" no museu, foi Júlia Wanderley (1874 - 1918). De Ponta Grossa, mudou-se para Curitiba em 1877. Aos 16 anos, requereu ao presidente do Estado permissão para prestar exames para ingressar no Curso Normal, que até então só era freqüentado por homens. Foi a primeira mulher no Brasil a formar-se professora, em 1893 — isso que é ter força de vontade!

No museu tem uma área dedicada aos índios, outra aos colonizadores, outra com fotos e cartas do imperador D. Pedro I. Curitiba era comarca da Província de São Paulo, primeiramente. Depois se tornou Província do Paraná.

Vale a visita! O museu conta bem a história de seu povo paranaense!

Marcadores:

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

19.7.07

Metáforas e Jornal das Pequenas Coisas

Passeata de botões reivindica casa própria


Essa é uma das imagens de Rita Apoena, com um blog inspirador para qualquer pessoa. Quero todos os textos dela pra mim! Vale a pena cada letra, cada foto, cada comentário. Ela é show!


Sobre a poeira
Mas a poeira é só a vontade
que o chão tem de voar.
(dela tbém!)

Marcadores:

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

2.7.07

Parati literária

Entre os dias 4 e 8 de julho, Parati fica melhor do que já é: acontece a FLIP - Festa Literária Internacional de Parati.

Para quem gosta de livros e seus autores, já é tudo de bom. O palco de discussões, palestras, o
ficinas, workshops, é famoso pela qualidade de tudo, equiparando-se aos festivais internacionais que acontecem no mundo todo. A programação com autores, artistas, músicos, é rica para discutir vários aspectos da literatura brasileira e estrangeira. Tem também os shows com grandes músicos, orquestras - outro atributo do evento, que vale a viagem. E além disso, a própria cidade de Parati, no Estado do Rio de Janeiro, é um passeio cultural, gastronômico e de relax absurdamente bom!

A cada ano a FLIP homenageia um expoente das letras brasileiras. Em 2007, Nélson Rodrigues é o destaque da festa. Capa da Revista Bravo de junho, o cronista é celebrado como um grande tradutor da classe média urbana de sua época, quando todos tinham os olhos voltados para a realidade rural do país.

Se puder ir, não perca a oportunidade de inalar cultura por todos os poros. Se não puder, vá mesmo depois: Parati é bom demais sempre!

Marcadores: ,

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

29.6.07

No Mínimo extingüiu-se


O site No Mínimo, fonte de inspiração e de discussões acaloradas de jornalistas profissionalíssimos e renomados, fechou suas portas (ou sua tela, enfim).

Como todos sabemos, é dificílima essa área comercial de qualquer trabalho, de qualquer empresa. Escritores, pensadores, redatores, não têm muito o dom pra essa parte de vendas (salvo exceções). E aí, a gente perde um canal muito legal de conscientização, de cultura, de cabeças pensantes.

Fiquei triste. Mas, vou continuar visitando o portal, porque, eu espero, vão manter pelo menos os arquivos. E a leitura sempre será prazerosa e trará sempre outras formas de enxergar as coisas.

Uma pena... Os caras que escrevem lá são o máximo! Mas a gente vai encontrá-los em outras esquinas, com certeza! Quem é bom, arregaça as mangas e continua!

Marcadores:

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

28.6.07

Animação para todos


Nesta sexta-feira começa o Anima Mundi, maior festival de animação da América Latina. Até o dia 8 de julho, no Rio de Janeiro e depois, de 11 a 15 de julho, em São Paulo. A competição conta com 368 filmes de 42 países (quase 100 brasileiros).

São animações em curtas, animações pra web; desenhos, massinhas, bonecos, 3D... Criatividade saindo pelo ladrão! Pra gente, dá pra votar nas animações que estão no site.

Quando eu trabalhava num provedor de Internet, adorava essa época, porque ficávamos assistindo os videozinhos "a trabalho", pra publicar na página. Era uma delícia! Pura diversão!

Dos que assisti até agora, que estão na web hoje, a declaração do cara para sua boneca inflável (Do you love me?) está uma gracinha de bem feito e impagável de engraçado! Tem outro, extremamente atual e pesado, italiano: The great circus tonite, mostra uma realidade comum no Brasil.

O pessoal é engajado, artista mesmo e muito criativo! A D O R O essas coisinhas legais!

Marcadores:

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

16.6.07

A magia dos lugares…

… São as pessoas.

Existem alguns lugares em que você vê que o clima é diferente. Tenho alguns favoritos e muito especiais pra mim, aqui em Ribeirão Preto:


>> Cervejarium

É um bar com pinta de boteco. Eles oferecem a cerveja Colorado, que é feita artesanalmente, e cervejas do mundo todo. Além de terem nossa cachaça no seu cardápio. Mas, o que me faz gostar tanto de ir at
é lá (pelo menos uma vez por semana), é o tal do clima: lá, você pode encontrar gringos falando francês ou alemão; pode ver clientes com seus instrumentos musicais, dando uma canja de jazz (de graça! Porque também gostam de estar lá!); pode virar para o pessoal da mesa ao lado e bater o maior papo como se os conhecesse há muito tempo.

E realmente pode ser que conheça mesmo porque, quem vai lá, sempre volta. E você acaba se encontrando com as figurinhas repetidas de sempre – que, em sua maioria, são extremamente interessantes. Tem um casal que vai sempre com seu cocker spaniel, que não pára quieto e, a partir daí, já filosofamos juntos sobre como é ter um animal de estimação; tem dois amigos (um deles, professor de faculdade) entendidíssimos de cerveja, que sempre dão “aulas” de degustação; tem o próprio dono do bar, que está lá de vez em quando, é um bon vivant e um grande mestre cervejeiro, debatendo conosco fermentação, produção, contando sobre suas aventuras pelo mundo atrás da cerveja perfeita; e até nós nos tornamos personagens do bar, sempr
e dispostos a sentar numa mesa e contar toda a história de nossa cachaça, de nossa produção e tudo o mais.

Mas, mais do que todas essas pessoas que você encontra por lá, a magia maior é feita por Júlia, a gerente; Juliana e Moisés, os atendentes; Alex, o barman; Luciana, a financeiro. São pessoas que fazem você se sentir especial. Que trazem o seu chopp sem você ter que explicar como o quer, que sentam na mesa pra conversar com você e participar de sua vida. O Cervejarium é uma experiência única, muito próxima a bares cults da Europa, mas como todo o calor brasileiro necessário para torná-lo inimitável.

>> Bonjour Paris
É minha escola de francês. É lá que converso com meus amigos de classe sobre tudo, em francês. E é nessa escola que tenho meus momentos culturais: Suraya, nossa professora, deu-me uma aula sobre Rimbaud essa semana. Um dos melhores poetas franceses, de quem eu já ouvi falar várias vezes, mas que não conhecia a história. E melhor: posso lê-lo em sua língua mãe! Soube também que a história do pierrot e da colombina é francesa.

É ali que posso discutir política, aprender e ensinar cultura, arte, viajar e discutir a vida. Nada filosófico, tudo muito prático. Mas sempre com olhos de quem quer ver a beleza.

>> IEBA
Era minha escola de alemão (e voltará a ser, em breve, eu espero) e no meu coração, meu lugar de formação (fora o lar) para chegar ao que sou hoje. Mein lieblins!!! Foi nessa escola que aprendi a minha língua favorita, que me apaixonei pela Europa, que aprendi a ver o mundo com outros olhos. Foi de lá que veio o incentivo para minha primeira viagem sozinha ao velho continente, para minha independência, para me conhecer profundamente.

Sônia, minha professora e durante muito tempo minha guru, mesmo sem saber, ensinou-me o valor de muitas coisas e o “desvalor” de muitas outras. Foi ela, com seu jeito prático e resolvido, que me fez apaixonar-me pela Alemanha. Foi através dela que conheci minhas grandes amigas. Foi por ela que vi que estava crescendo e que o mundo continuaria a girar, tendo eu o problema que fosse.


Este é o lugar mais especial, guardado em meu coração como um lugar de transição. Minha vida antes e depois de IEBA.

____________________________________

São lugares que têm o “clima”. Que você não precisa conhecer profundamente para senti-lo. Basta chegar e você verá que é diferente, que é aconchegante, que é cultura pura. Mas, mais do que isso, todos esses lugares foram feitos por pessoas especiais e por isso, são o que são. Basta ter olhos pra ver e coração para reconhecer. Eu recomendo todos esses lugares para se sentir bem! Nesses lugares, eu sou eu!


Pelo menos para mim, cultura, costumes e PESSOAS são tudo!
Quais são seus lugares especiais?

Marcadores:

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

23.5.07

Na moda

Veja só o que encontrei navegando por aí: o MiguXeitor.

Agora, com esse super tradutor, eu poderia falar a língua da Internet. "Daquele jeito", que dá vontade até de chorar, quando vejo que tem gente que realmente escreve assim!

Falando sério: foi uma sacada e tanto do Aurélio, apresentar pra gente essa barbaridade que tanta gente acha o máximo, na minha opinião. Ele mesmo explica no seu blog:

"(...) Então você ainda não conhece o Miguxês: a evolução do Português, o futuro de nossa língua pátria. Já praticado por grande parte da nova geração em recados de Orkut e Fotologs, é uma tendência vanguardista que veio para ficar.

O Miguxês (também conhecido como Fofolês) teve sua fase embrionária nas abreviações práticas usadas no ICQ (vc, pq, tb), passando por um rápido processo de mutação no MSN até culminar em sua faceta atual, radical e fofuxa, alimentada pela epidemia EMO que tomou conta do país (Love Is In The Air)."

Tem mais comentário sobre isso . Gostei. Acesse pra ver.

Minha opinião a respeito: Gente, escrever errado é feio demais! Vai por mim... Recebo algumas propostas comerciais por email que faço questão de não ler até o fim: é anti-profissional escrever errado! Parece que você é pobre de espírito (pra não dizer burro). Seja esperto: é tão fácil usar corretor de texto...


Enfim... Respeite sua língua materna. Veja o tradutor aí de cima mas, por favor, não ponha em prática.

Essa moda não me pega!

Marcadores:

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

21.4.07

A boa e velha língua portuguesa

Vai mudar!!!

Eu sou neurótica por português. Sempre corrigi todo mundo e sempre odiei minhas falhas com a língua, pegas no ato por amigos que me conhecem muito bem!


Minha maior tara é pela crase - na maioria das vezes, mal utilizada. E agora, vejo que fica cada vez mais próximo o dia que estarei defasada:
o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 exclui a trema de nosso vocabulário; paroxítonas terminadas em "o", não terão mais circunflexo; o acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas também não existirão mais.

Leia tudo aqui: "
Vão seqüestrar o trema!"

Quando vai entrar em vigor, eu não sei. Mas já estou me sentindo uma vovózinha! Como minha tia-avó, que tem seu nome escrito com PH: Ophélia!
Fora de moda, né!? Mas eu acho lindo!

Agora, como será escrever sem os acentos que aprendi a usar quando era pequena? Considero impossível! Isso já está enraigado em mim!

Minha língua mãe quer me deixar a ver navios... Será que precisamos descobrir novos mares, como os portugueses?

Marcadores: , ,