Blog da Gabi ;)

Divagações, citações, fotos, livros e viagens.
Amigos, família, planos, projetos, música.
Opinião, conversa pra jogar fora, vontade de escrever.

Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

24.3.10

Palavras para se ter em mente



Esse vídeo fez parte da época de nossa faculdade. Lembro perfeitamente daquele bem estar que causou, aquele ânimo de saber que tínhamos a vida inteira pela frente. E eu acredito que ainda temos.

Encontrei o texto original numa revista Seleções antiga e achei legal saber de onde ele veio. Até então era só um vídeo da melhor época da minha vida. Agora, ele tem uma explicação. E continua lindo! Veja só e inspire-se:


"Conselhos de uma palestra que nunca foi feita
(Por Mary Schmich)


A coluna de jornal a seguir, escrita por Mary Schmich no Chicago Tribune em junho de 1997, circulou depois na Internet. Na época, o texto foi atribuído ao escritor Kurt Vonnegut. "Ficaria orgulhoso se essas palavras fossem minhas", disse Vonnegut deleitado.

Para aqueles que estão se formando - ou simplesmente precisam de um lembrete amigo sobre o que é importante na vida - aqui vão as palavras sábias de Schmich.

SENHORAS E SENHORES: Usem protetor solar.
Se eu pudesse dar somente uma sugestão para o futuro, seria a do protetor solar. Os benefícios a longo prazo do uso de protetor foram comprovados pelos cientistas, enquanto o restante de meus conselhos não se baseia em nada mais confiável do que minha própria experiência. Aqui vão eles:
Aproveite a força e a beleza de sua juventude. Ah, esqueça. Você nunca vai compreender a força e a beleza de sua juventude até que elas desapareçam. Mas, acredite em mim, em 20 anos vai rever fotos suas e lembrar como tinha uma aparência realmente maravilhosa. Você não é tão gordo quanto imagina.
Não se preocupe com o futuro. Ou se preocupe, mas saiba que se preocupar é tão eficaz quanto tentar resolver uma equação de Álgebra por meio da mastigação de chicletes. Os verdadeiros problemas podem pegá-lo de surpresa às quatro da tarde de uma terça-feira de folga.
Faça diariamente algo que tenha medo.
Cante.
Não seja descuidado com os sentimentos de outras pessoas. Não se ligue a pessoas que são descuidadas com os seus.
Use fio dental.
Lembre-se dos elogios e esqueça os insultos.
Guarde velhas cartas de amor. Jogue fora velhos extratos bancários.
Espreguice-se.
Não se sinta culpado se não sabe o que quer fazer da vida. Algumas das pessoas de 40 anos mais interessantes que conheço ainda não sabem o que querem fazer da sua.
Trate bem dos joelhos. Você vai sentir falta quando não puder mais contar com eles.
Talvez você se case, talvez não. Talvez tenha filhos, talvez não. Talvez se divorcie aos 40 anos, talvez dance funk em seu 75º aniversário de casamento. Aconteça o que acontecer, não se congratule ou recrimine demais. Suas escolhas têm 50% de chance, como as de todas as pessoas.
Dance.
Leia as instruções, mesmo que não as siga. Não leia revistas de beleza. Vão apenas fazê-lo sentir-se feio.
Conheça bem seus pais. Nunca se sabe quando eles vão partir.
Seja amável com seus irmãos. Eles são o melhor dos elos com seu passado e as pessoas que provavelmente ficarão ligadas a você.
Compreenda que os amigos vêm e vão, mas que com alguns poucos, mais valiosos, você deve ficar. Quanto mais velho, mais vai precisar de pessoas que o conheceram na juventude.
Viaje.
Aceite essas verdades básicas: os preços vão subir. Os políticos vão prevaricar. Você também vai ficar velho. E vai fantasiar que, quando era jovem, os preços eram razoáveis, os políticos eram nobres e as crianças respeitavam os mais velhos.
Respeite os mais velhos.
Não espere que alguém vá sustentá-lo. Talvez você tenha um bom patrimônio. Talvez tenha um cônjuge abastado. Mas nunca se sabe quando um deles vai desaparecer. Não mude o cabelo o tempo todo ou, quando tiver 40 anos, parecerá ter 85.
Tome cuidado com os conselhos que acata, porém seja paciente com aqueles que os dão. Aconselhar é uma forma de nostalgia. Dar conselhos é como pescar o passado do lixo, espaná-lo e o reciclar.
Mas confie no que eu disse sobre protetores solares.
"

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Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

21.3.10

Consciência

Eu ando convivendo com muita gente diferente uma da outra. Eu ando lendo bastante Reader´s Digest. Eu ando aprendendo a ter cada vez mais gentileza em meu coração. Eu ando me preocupando com o lixo que produzimos.

Porque em resposta, eu tenho sorrisos, simples gestos de carinho, muito aprendizado, respeito e bem estar.

Acredito sinceramente que para o mundo ser diferente, somos nós que temos que assumir o compromisso de sermos mais educados, mais pacientes, mais conscientes. Assim, pequenas coisas fazem a grande diferença na convivência, no trânsito, no sistema.

Eu trabalho com cervejas e o consumo delas faz com que produzamos muito lixo reciclável: garrafas de vidro. A gente tenta reutilizar, a gente vende para ferro velho e assim, tento pensar que faço uma pequena parte do que é possível para melhorar o planeta.

Veja o vídeo abaixo. Você vai se animar a tentar fazer algo melhor, conhecendo a realidade consumista dos norte-americanos:



Gentileza, com as pessoas e com o meio ambiente, gera gentileza. E lembre-se: rezar e agradecer é sempre importante! ;)

Ah! Tudo isso é exemplo da minha mãe, seguido à risca.

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17.8.09

Numa cabana com papai

Eu terminei de ler o livro A Cabana em abril, pouco antes de perder minha irmã num acidente de carro. Parece que realmente Deus escreve certo por linhas tortas e que já estava escrito que ele seria um ponto de apoio pra mim.

Foi emocionante ler a história que se apresenta como verídica (eu acredito que seja!) de um pai que perdeu sua filha enquanto eles estavam acampando. A família reunida nas montanhas, dois dos três irmãos tiveram problemas na canoa em que estavam. Enquanto o pai foi socorrer estes dois, um maníaco sequestrou sua caçula, que estava desenhando ali perto.

Depois de muito procurarem por ela e de quatro anos passados, ele recebe um bilhete, um convite para se encontrar com Deus, na mesma cabana onde tudo havia acontecido. Sem contar para ninguém da família (ainda muito abalada e bastante desestruturada), com uma depressão ainda mal interpretada, ele resolve ir a este encontro para tirar a limpo a brincadeira de mau-gosto. E se surpreende com o que encontra.

Em um mundo tão cruel e injusto, A cabana levanta um questionamento atemporal: Se Deus é tão poderoso, por que não faz nada para amenizar o nosso sofrimento? A história é contada por um amigo, William P. Young, e este autor afirma que ela é real e pede ao leitor para não ir adiante quando for contar a história, para deixar a surpresa para cada um que tiver o livro em mãos.

É emocionante! Chorei muito ao lê-lo. E ao mesmo tempo, é reconfortante — ainda mais depois de termos passado por tudo que passamos há pouco tempo. O livro foi muito importante para minha mãe também. E mesmo que você não tenha perdido ninguém querido de forma trágica, leia! Você vai enxergar muitas coisas de outra forma, depois de lê-lo.

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20.5.09

Ela tem 120 anos

E continua linda de morrer!

Ontem foi aniversário dela e infelizmente, não pude estar presente nas comemorações.

Mas fica meu amor aqui e a vontade de revê-la.

Torre Eifel, eu ainda vou te apresentar minha mãe!

Je t´aime!

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23.4.09

Falta de inspiração

O mês está acabando e eu não consegui me sentar pra escrever aqui. Li dois livros, quero escrever sobre a força de uma amiga mãe, falar sobre as grandes amizades que tenho e que estou fazendo.

Mas, não consigo me concentrar. Não ando tendo nem um pouco de tempo pra mim — só pra mim. Quando tenho, só durmo.

Muito trabalho, pouca vontade de fazer qualquer outra coisa. Muito cansaço. Vontade de pôr os pezinhos para cima e não fazer nada por uma semana.

Sinto falta de falar sobre as minhas coisas. Adoro cerveja mas, ela também cansa! ;)

Eu não quero abandonar esse blog! Mas ainda não consegui me organizar o suficiente. Organizar minha vida, a começar pelo carro, pelo guarda-roupa, pelo sono.

Estou MORRENDO DE SAUDADE de viajar! (Nem que seja até ali na esquina, mas tendo aquela sensação de liberdade e irresponsabilidade que toda viagem dá!)

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10.10.08

O cheiro da manhã

Ultimamente ando acordando entre 6h e 6h30 da manhã. Não por opção — eu simplesmente acordo e não durmo mais. A cabeça já fica a mil por hora e eu começo a trabalhar ainda deitada na cama: fazendo planos, fazendo contas, torcendo pras coisas darem certo.

Depois de umas 3 semanas (ou mais) assim, começo a conseguir relaxar de novo. Continuo acordando cedo (não por opção, como eu disse): os olhinhos abrem e está na hora de levantar. Sem choro, nem vela eu tenho que sair da cama. Não por ter horário, mas porque a manhã me chama.

Sou uma pessoa “do dia”. Trabalho muito bem de manhã, funciono muito bem de manhã. Mas não conte comigo no final do dia (a não ser, é claro, pra tomar um choppinho). Aí, todas as minhas energias já foram. Nesse sentido, eu e Marcelo somos opostos: ele acorda de mau humor, não conversa, nem resolve muita coisa. Eu sou assim principalmente depois do almoço — quando dá aquela preguiiiiça e que eu já sei o que me aguarda para o resto do dia, já que fiz e organizei tudo pela manhã.

Enfim... Falei tudo isso pra chegar ao ponto: me sinto privilegiada em acordar tão cedo por um aspecto muito importante: eu ADORO o cheiro da manhã. Nessa época do ano, menos seca, com chuvas esparsas — mas existentes nessas terras em que vivo —, o cheiro da manhã me lembra outros lugares e também me lembra daqui, a fazenda onde moro. É um cheiro de ar úmido, quando o sereno da noite ainda não se dissipou de todo.

Esse cheiro também me lembra as viagens que fiz à Europa. Estive lá no outono e no inverno — épocas úmidas naquela região. E toda vez que abro a janela e sinto esse cheiro, aqui na minha casa, me lembro do bem estar que tive em todas essas viagens tão esclarecedoras, apaziguadoras, românticas, emocionantes e tudo mais de bom.

Com esse cheiro impregnado em mim, começo meu dia sabendo que tudo no final, dá certo. Porque todas as experiências a que ele me remete, foram assim. Mesmo em dias ruins, em que me enchi do cheiro da manhã, por aqui mesmo, infelizmente cheia também de outros N motivos ruins, ele me fez bem. Sempre.

Um cheiro pode trazer tantas emoções assim pra uma pessoa? Pode. Você não imagina o quanto alguns perfumes me lembram baladas antigas, ou alguém, ou outra época... Mas o meu cheiro preferido mesmo é esse da manhã: fresquinho e único. E que só temos na primavera e no verão. É melhor aproveitar! ;)

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8.10.08

Vai viver!


"Às vezes nós precisamos escapar em direção à solidão, à falta de ambição, dentro das férias morais de simplesmente correr riscos, de modo a afiar a vontade de viver, de experimentar a dor, e de ser compelido a buscar desesperadamente um grande momento — não importa como."

George Santayana, no ensaio Filosofia de Viagem

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1.10.08

15 minutos




Durante minhas pequenas férias, estivemos hospedados em alguns hotéis da rede Ibis. Fotografei o folder que sempre está em cima da cama quando você chega ao quarto, para me lembrar dos 15 minutos de relaxamento que eles sugerem.

Gostaria de conseguir seguir essa nova "filosofia" do nadismo, que andam comentando por aí e que já tem muitos adeptos mas, eu não consigo parar de pensar um minuto em tudo que tenho pra fazer, nas decisões a tomar, nas coisas ainda a resolver. Eu não desligo!

Vamos tentar fazer o relaxamento do Ibis? Acho que isso pode me ajudar bastante. Porque ficar 15 minutos sem fazer absolutamente nada, pra mim é completamente impossível: a cabeça não pára! Ando acordando cada vez mais cedo, já com os pensamentos e planos a mil. A ansiedade vem tomando conta de mim...

Já estou com muitas saudades das mordomias de um hotel: mega preguiiiiça de levantar da cama, um livro na cabeceira, boa companhia, mega café da manhã. Ai, ai... Quando será que vou conseguir desacelerar minha vida?

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24.9.08

Tirar férias é um exercício


Tudo bem, tudo bem... Eu também estava trabalhando enquanto viajava mas, num outro ritmo. Tivemos muitos momentos de "fazer nada", de aproveitar a paisagem e mais: de ter tempo para pensar. Essa foi a parte mais difícil. Conseguir me desligar das responsabilidades, dos planejamentos, do que ainda tenho a fazer.

Além disso, olhando para o mar da Praia Mole, em Floripa (nessa foto aí de cima), tive um bom tempo para fazer um balanço do que foi e do que está sendo o ano de 2008 pra mim.
Eu não podia esquecer que talvez essa seja a última viagem que possamos fazer durante um longo período que vem pela frente — novos compromissos com tempos mais apertados estão chegando.

E durante esse momento que devia ser de relaxamento, fiquei tensa em muitos aspectos: tenho muitas coisas ainda não resolvidas dentro de mim e à minha volta.
A luta pelo sucesso profissional e o reconhecimento quando se trabalha com a família me parece ter um peso triplicado e eu não ando feliz com meus resultados.

Durante esse tempo de contemplação, pensei muito seriamente em virar a mesa e seguir outro rumo. Mas a responsabilidade de uma taurina como eu não me deixa abandonar as coisas sem acabá-las por inteiro.


Talvez essas coisas acabem comigo antes de terminarem se eu não tomar algumas atitudes. Já que não consigo relaxar nem com o mar esplendoroso à minha frente, com suas ondas sempre iguais e sempre diferentes, creio que seja hora de rever meus conceitos.

Pelo jeito, mesmo achando que não relaxei o suficiente, as férias foram bárbaras, já que me fizeram novamente enxergar as coisas pelo lado de fora.

E "vamo que vamo", que eu já estou no pique total de novo!
Cabeça descansada (ou quase), coração a mil!

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8.9.08

Impressões de uma grande cidade

Av. Paulista com garoa

Estou em São Paulo desde ontem.
Viemos para fazer um curso de uma semana e estou me divertindo nessa cidade que eu adoro. Desligar do dia-a-dia, mesmo que a trabalho, é sempre uma delícia: você vê outras coisas, sente outras coisas, vive outras coisas.

Eu ligo minha "visão de turista" e acho tudo o máximo.
Estivemos no bairro da Liberdade ontem. Tem uma feira todo domingo por lá, principalmente de comida japonesa. O engraçado é que o que você menos vê, são japoneses. Em sua maioria coreanos e chineses tomam conta do bairro, que parece um formigueiro de gente.

Hoje, fizemos uma longa caminhada. Dos 2.400 metros da Av. Paulista, caminhamos 2.000 para chegar ao curso e depois mais 2.000 metros para voltar. Logo pela manhã, aquele friozinho europeu e a gente caminhando na avenida da cidade que não pára nunca.
Praticamente um outro mundo pra mim e sempre com coisas ótimas para perceber, já que adoro observar costumes que fogem à minha realidade: gente correndo, gente cantando junto com seus iPods, frio....


E pra começar o dia de uma forma completamente diferente MESMO, antes do início do curso, fomos convidados a nos levantar e cantar o Hino Nacional — me senti com 12 anos de novo. Há quanto tempo não vejo esse costume ser colocado em prática! E o melhor: eu ainda sei cantar o hino inteiro!!!

E pensar que ontem foi 7 de setembro... Hoje meu ufanismo voltou.
Principalmente porque eu tive tempo de pensar nele.

A terra da garoa acaba sempre sendo poesia pra mim! ;)

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7.9.08

Só um assunto de boteco

A Revista Bravo (que eu AMO de paixão!) da edição de agosto fez uma comparação entre nossa literatura e nosso cinema de uma forma muito realista. Atualmente, não é a partir de livros que se movem as discussões do Brasil. Não temos mais Machado de Assis, Eça de Queirós, Jorge Amado e tantos outros que já nos fizeram muito ricos em conteúdo. Além de tudo, o tempo é curto, a vontade de ler vem diminuindo. A Internet fez com que o público tivesse tudo muito mais facilitado e "mastigado".

A música também não causa sentimentos de indagação ou mesmo amor, como era antigamente. Tom Jobim, Vinícius de Moraes e tantos outros também já nos deixaram. Caetano e Gil talvez ainda façam sua parte realmente cultural nesse setor (no caso, oferecer conteúdo no que cantam).

Hoje é o cinema quem mexe com o público, quem causa rebuliços e questionamentos interessantes: Cidade de Deus abriu essas portas; Tropa de Elite causou um estrondo e diversos outros filmes vêm surgindo mostrando a realidade nua e crua desse Brasil. Ficção e documentários se fundem. Glauber Rocha iria amar... Só não sei se ele conseguiria se adaptar a esse "novo cinema".

Mas, enfim, tudo isso é para levar-nos à questão deste post: uma outra época. Também na Bravo, uma matéria nos sugere ir até o You Tube e procurar por Jayme Ovalle — um boêmio compositor das antigas que escreveu pouco, não teve grande sucesso, mas que era adorado por seus amigos de boemia. Outros tempos... Daqueles em que o mundo girava em torno dos botequins do Rio de Janeiro, em que o importante era se inspirar em longas conversas e muita bebida. Entendam bem: bebida e conteúdo com qualidade (ambos!). Ai, que vontade de viver essa época da bossa nova...

E foi assim que fui me deparar com o vídeo de Vinícius falando sobre a tipologia humana que Ovalle criou:



Há exemplos: Chico Buarque é um Dantas
puro e autêntico. Ovalle dizia que todos querem ser Dantas, o que torna a associação perfeita. Afinal, todos querem ser Chico Buarque. Gilberto Gil é um Pará: veio do Nordeste e se fez. Wagner Moura é um Mozarlesco, por causa do papel que faz atualmente, de Hamlet. Arnaldo Jabor é um Onésimo — com sua lucidez cortante e ironias exatas, ele consegue esfriar qualquer ambiente. John Neschling é Kerniano: generoso e competente mas também indomávelele criou a melhor orquestra brasileira mas, por ter um espírito indomável, vai deixá-la em 2010 (é o que dizem).

Eu acredito que eu seja do tipo Kerniano — explosiva até demais. E você?

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8.7.08

Rotina



Adorei! É bonito levar as pessoas a verem poesia no que é comum de todos os dias. É o que eu tento fazer pra fazer o meu mundo ficar mais bonito...

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29.6.08

As coisas pelas quais temos que passar

Ultimamente estou tentando ter uma outra postura em relação aos acontecimentos à minha volta. Tem gente que me considera apática, tem gente que me considera conformista e, pior de tudo, tem gente que me considera egoísta. Eu me considero prática.

Venho passando por desafios maiores do que o imaginável. Nunca imaginei que me decepcionaria com pessoas que sempre confiei e considerei essenciais na minha vida. Depois desses “tapas na cara” que andei levando, quase desisti de tudo. Mas pensei bastante nas possibilidades e além de achar que se abandonasse todos os meus projetos eu seria uma fraca, também achei que seria muito mais egoísmo agir assim, do que continuar, mesmo nadando contra a corrente da maioria.

É difícil de explicar e mais ainda de perceber as coisas que na verdade são claras como água. Venho assistindo às coisas de um novo ângulo: resolvi pensar mais em mim e me envolver menos. Não quero mais ser a fortaleza de ninguém e muitas vezes me sinto mal por isso, porque gosto de ajudar, porque gosto de me matar pelos outros — e isso é sincero. Mas o que recebo de volta é sempre crítica e vários nãos. Sempre.

Meu pai precisou passar por uma outra cirurgia por causa de uma prótese que colocou na perna, há quase dois anos. A lição que eu levo de um acontecimento desses é: ninguém sabe pelo que tem que passar para aprender o que tem que aprender. Mais humilde, sabendo que depende de outros, meu pai mudou depois dessa última “aventura” no hospital. Bem diferente de quando sofreu o acidente há dois anos atrás, que o levou a colocar essa prótese. Ele conseguiu reconhecer suas fraquezas sem desmerecer ninguém que estava próximo a ele, lhe dando a mão. Será que não era isso que ele tinha que ter aprendido há dois anos atrás? Eu não sei... Mas me pego pensando a respeito.

Tenho vários outros exemplos muito próximos de mim que me levam a pensar a mesma coisa. As pessoas não sabem o que têm que passar para aprenderem o que devem aprender. Se você não aprende por bem, vai ser por mal. Pode ter certeza.

Tenho medo disso. Acho que estou aprendendo por mal muita coisa que deveria aprender por bem. Ao mesmo tempo, me sinto tão injustiçada que tenho medo do que as pessoas que vêm me fazendo tão mal emocionalmente, terão que passar para entenderem que o que eu faço realmente é pensando no bem — sendo muito honesta sempre e justa acima de tudo.

A gente não sabe o que tem que passar nessa vida. Mas eu digo que culturas enraizadas são muito difíceis de mudar. Sentimentos conflituosos em relação a alguém que se sobressai são horríveis de se lidar (principalmente quando você é a pessoa do foco de toda a discussão). E eu ainda não descobri por que tenho que passar por tudo isso...

Maaaas, nessa bagunça toda — sentimental, profissional e principalmente familiar —, novos projetos vêm surgindo. Algo mais leve, mas que vai tomar praticamente todo o meu tempo (e isso é bom pra não ter tempo de pensar demais em coisas pequenas). E eu e o Marcelo tentamos abrir mais uma porta de possibilidades pra gente. Em breve notícias oficiais a respeito.

Desculpem-me o sumiço. ADORO escrever nesse blog. ADORO ter notícias de minhas amigas. ADORO poder confiar em várias pessoas de verdade. Mas, não estou tendo tempo. Provavelmente aparecerei mais aos fins de semana e só peço pra quem gosta de mim, pra que torça de verdade pelas minhas causas. Quem não gosta, faça como quiser — porque com certeza eu vou passar pelo que tiver que passar.

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22.6.08

Recados para mim

Coisas que andei lendo e ouvindo neste domingo e que parece que foram diretamente enviadas para mim:

* Como se achar sem nunca se perder?
(De um livro na livraria)

* Quebrar é a chance de reconstruir.
(Propaganda da Nextel)

NADA IMPEDE VOCÊ DE FAZER.
(Propaganda do IG)

É bom pensar nisso! ;)

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12.5.08

Aprendizado

"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e de olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o Sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dor emocional. Descobre que se leva anos para se construir confiança e alguns segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam. Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem mais você se importa na vida são tomadas de você muito depressa — por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas
, pode ser a última vez que as vemos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que se pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa aonde você já chegou, mas aonde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.


Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você já celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.


Descobre que só porque alguém não te ama do jeito que você quer, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode — pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que se possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar, que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!


Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."


(Shakespeare)


Desde sexta-feira começou meu ano-novo: agora, tenho 29 anos. Minha proposta para essa nova fase da minha vida é mudar muitos conceitos e formas de enxergar com pré-julgamentos. Até o momento, parece que vou conseguir!
Afinal, tenho que me cuidar: ano que vem faço TRINTA!!!

P.S.: Disseram que esse texto aí de cima é do Shakespeare, quando copiei de algum amigo, há muito tempo atrás. Não garanto, nem tenho certeza, ok!?

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18.4.08

Sua vida, sua escolha

Nascestes no lar que precisavas. Vestistes o corpo físico que merecias. Moras onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com teu adiantamento. Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas. Teu ambiente de trabalho é o que elegestes espontaneamente para a tua realização. Teus parentes, amigos são as almas que atraístes, com tua própria afinidade. Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle. Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência. Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes... São as fontes de atração e repulsão na tua jornada de vivência. Não reclames nem te faças de vítima. Antes de tudo, analisa e observa. A mudança está em tuas mãos. Reprograme tua meta, busque o bem e viverás melhor. Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora a fazer um novo fim. CHICO XAVIER

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2.4.08

Arrastando-me

Como já estava previsto, o tempo mudou e além de chuvoso, está esfriando...
Estou praticamente como este mandruvá-cachorro (me disseram que ele tem esse nome por causa do "rabinho" que tem — confira no lado direito da foto), fotografado na fazenda: preguiiiiiiiiiiiiiça...

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28.3.08

Sexta-feira!



A Fernanda Takai, vocalista do Pato Fu está fazendo o maior sucesso com o CD com as regravações das músicas da Nara Leão. No programa do Serginho Groisman, no começo do mês, ela disse que não pensava de maneira alguma em gravar sem a banda e nem tinha a pretensão de gravar músicas da Nara. Mas foi convencida a fazê-lo. Ainda bem!

Embalada na melodiosa voz dela para essa música aí em cima, eu desejo um bom final de semana, bem relaxante, pra você e pra mim! ;)

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19.3.08

Hum...


Fomos comprar presentes de chocolate. Para a Páscoa, é claro!
E não poderíamos deixar de tomar um cafézinho com as deliciosas bolachinhas embebidas em chocolate.

Comprei um dos meus doces favoritos
da Kopenhagen : língua de gato. Um clássico da minha infância, junto com as balas de leite!
Não é uma delícia?

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11.3.08

Seal: uma outra era minha

Quando soube que o Seal viria ao Brasil, logo veio à minha cabeça a época em que respondíamos aqueles questinários que todo mundo tinha no colégio.

Era um caderno com cerca de 40 questões, cada uma numa folha, que você passava aos amigos e paquerinhas pra responder. "Qual o seu nome completo? Tem apelido? Quem são seus melhores amigos?" E assim por diante, até chegar à parte de perguntas do tipo: "De quem você gosta? Deixe um recado pra mim." (Se for o meu paquerinha, por favor, por favor, diga que gosta de mim!) Aquelas coisas...

Enfim, e no meio dessas questões, tinha "Qual é a banda de música que você mais gosta? Que tipo de música você ouve? Qual é a sua música preferida?" Na minha época de 13 anos, o sucesso nas respostas era INXS, Roxette como bandas e a música Crazy, do Seal.

Com 13 anos, o que você faz? Segue a onda e depois corre atrás do prejuízo: respondia essas mesmas coisas e depois, saía pesquisando pra descobrir quem era esse povo. Infelizmente, minha adolescência não teve muita música brasileira comercial e eu não fui muito ligada às modinhas. Mas eu conheci o Seal e gostei! Ouço bastante
até hoje e minha fissura agora é a MPB.

Pra relembrar uma outra fase da minha vida, até iria ao show... Veja quando e onde teremos Seal no Brasil e saiba mais sobre ele (santa Internet, que facilitou o trabalho da moçadinha, pra ficar por dentro da onda!):


Seal chega ao Brasil em março para turnê em quatro capitais

O aclamado cantor britânico faz apresentações em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre

Filho de um nigeriano com uma brasileira, o cantor britânico esteve pela última vez no país em 1992 para participar da terceira edição do célebre festival musical Hollywood Rock.

Destaque nas paradas internacionais, Seal tem repertório predominantemente de músicas da
nçantes e baladas românticas. Além de conquistar o público em várias partes do mundo, o intérprete tem ganhado reconhecimento da crítica. Recentemente, ele foi indicado ao Grammy 2008 na categoria de melhor performance vocal masculina com a canção Amazing. A canção está no seu mais recente álbum System, considerado o mais “dançante” de sua carreira. Em 1996, o artista ganhou três prêmios Grammy nas categorias melhor disco, canção e cantor com a música romântica Kiss From A Rose — música tema do filme Batman Forever.

O cantor começou a carreira se apresentando em bares e clubes londrinos, mas só ganhou reconhecimento no cenário mundial em 1990. Entre suas canções mais conhecidas está Crazy, solo do pri
meiro álbum auto-intitulado Seal, que garantiu ao artista grande projeção internacional e o colocou nas principais paradas da música mundial.

Seal tem 45 anos e é casado com a badalada modelo alemã Heidi Klum com quem tem dois filhos. O casa
l figura entre os mais badalados do momento.

Agenda de shows
:: São Paulo: dias 26 e 27 de março, às 21h30, no HSBC Brasil
:: Rio de Janeiro: 29 de março, às 22h, no HSBC Arena
:: Curitiba: 1 de abril, às 21h, no Teatro Positivo
:: Porto Alegre: 3 de abril, às 21h, no Pepsi On Stage

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Emoório Biergarten: Cultivando Prazeres

9.3.08

Menos é mais



Com certeza a propaganda das Havaianas ficou a cara da gente. Neste comercial, Havaianas fala da simplicidade, autenticidade e alegria de viver do brasileiro - valorizando o jeito todo especial do povo e da própria marca, reconhecida no mundo todo como sinônimo de brasilidade. A presença de um artista famoso, característica da campanha da marca, desta vez se dá na locução, com a voz inconfundível do ator e cantor carioca Evandro Mesquita.

O comercial tem versões de 60" e 30". O filme com 1 minuto é veiculado nas emissoras a cabo e nos cinemas. O vídeo aí de cima é o da TV aberta. O texto do comercial de 1 minuto fica assim:

"EU QUERO MENOS...

MENOS PREOCUPAÇÃO.
MENOS FORMALIDADE.
MENOS NUVENS NO CÉU.
MENOS ROUPA.
MENOS ENCANAÇÃO.
MENOS SE LEVAR A SÉRIO DEMAIS.
MENOS ESCRITÓRIO.
MENOS CARA FEIA.
MENOS DESPERTADOR DO LADO DA CAMA.
MENOS FALTA DE TEMPO.
MENOS RESOLVER TUDO POR EMAIL.
MENOS CHAPINHA.
MENOS DISTÂNCIA.
MENOS COMPLICAÇÃO.

AH, EU QUERO MENOS PRA MIM...
E QUER SABER? EU DESEJO O MESMO PRA VOCÊ".

As legítimas sempre arrasam, né!?
Tudo que eu quero nesse momento é a simplicidade das coisas e continuar com as minhas Havaianas no pé. Momento oportuno para publicar esse post.

Que a nossa semana comece com o pé direito! ;)

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3.3.08

Cada um dá o que tem

Como bem diz minha mãe, “cada um dá o que tem” e a gente sempre acaba por conhecer as pessoas verdadeiramente. Cedo ou tarde você reconhece quem são e como são realmente cada uma das pessoas que te cercam — ou não te cercam.

São histórias que você ouve aqui e acolá; são atitudes que as pessoas tomam quando não pensam estarem sendo observadas; são ações na hora do “vamos ver”, que mostram o que as pessoas têm mesmo a oferecer. De melhor e de pior, cada um dá o que tem.

Ando vendo muita gente mal-humorada, desanimada, de mal com a vida, sem conseguir enxergar o lado positivo das coisas. Não sei bem o que vem acontecendo, mas acredito que eu esteja muito sensível a tudo e vendo tudo de uma forma bem negativa. Erro meu também acreditar que possa julgar alguma coisa ou alguém. Mas na verdade, estou tentando mesmo é entender o que se passa na cabeça das pessoas e está muito difícil.

Acho que não ando dando o melhor de mim pra ninguém e por isso, fechada em uma conchinha, estou vendo o lado ruim de muita gente. Parece que ninguém está feliz com nada; nada é o suficiente; todos querem tirar vantagem de tudo — não há doação, não há muitas palavras amigas, a convivência se torna uma obrigação às vezes.

Os mais próximos se tornam mais distantes. E vice-versa. Adoro conversar com quem não conheço: um cliente, o gerente do banco, uma senhora na fila da lotérica, uma mãe no supermercado. Porque essas pessoas não acham que podem se sentir à vontade pra te tratar mal — a educação continua valendo para um estranho. Ele não tem liberdade para não responder a uma pergunta inocente sua e também não se sente na obrigação de te tratar bem. Ele o faz porque é assim, porque tem outra realidade diferente da sua e nem sabe disso.

Ultimamente estou meio desacreditada em relação ao ser humano. Triste, não sei o que fazer para reparar erros do passado e muito pior: as faltas de diálogo do presente. Para não errar de novo, me calo. Para não magoar, guardo comigo. Para ter menos desavenças, finjo que não vejo a indiferença.

É... A vida está difícil. Cada um dá o que tem. Eu pretendo continuar oferecendo meu sorrisão, mesmo que seja para disfarçar meus sentimentos.

(Desculpem-me e não se preocupem. Aqui é onde posso desabafar e ser quem sou. Não tenho o dia todo pra ficar triste — passou assim que o post foi publicado.)

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14.1.08

Saudações pra quem tem coragem

E eu achando que a fase de casamentos tinha acabado... Mais uma leva de amigas resolve "contrair bodas" neste ano de 2008.
Boas notícias que comprovam que estão felizes! PARABÉNS!!!

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7.1.08

Férias: do Natal ao Réveillon. E além

Meus presentes de Natal, abaixo. Foram todos perfeitos. Thanks, Baby.
O livro foi comigo para a praia (olha que mar azul, que dia lindo!!) e assim que eu terminar de ler, posto meus comentários sobre ele aqui. E olha nós no Réveillon, em Riviera de São Lourenço: pretinhos!
Pois bem... Ando meio monossilábica para escrever porque ainda estou meio preguiçosa. Depois de ficar uma semana inteirinha sem olhar para o computador, sem acessar a Internet, sem saber de notícias que não fossem aquelas ouvidas na TV da pousada entre um cochilo e outro, é duro voltar ao ritmo. E na verdade, eu nem quero acelerar tanto logo na primeira marcha.

Voltamos da praia e logo de cara tivemos que tomar algumas atitudes bem sérias para desembaraçar o nó que ardia no meu estômago: comunicação é a alma do negócio e deixar decisões sérias para depois nem sempre é a melhor solução — acho que não é nunca mas, vai saber... Mas, voltando: deu certo. E parece que 2008 começa bem mais leve.

As coisas vão voltando ao normal, com um novo astral. Eu nem acredito muito nisso de virada de ano, de mudança de atitudes só por causa de uma data mas, parece que está funcionando!

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3.1.08

Ano Novo com todos os pingos nos is

Sol na praia, amigos na virada, beijos no primeiro minuto.
Uma irmã ao meu lado.

Mãos dadas, 7 ondinhas, fogos de artifício, cerveja para Iemanjá e promessas sem respostas (por enquanto).

E não é que 2008 começou resolvendo muitos problemas de 2007?
E além de tudo, muita animação e boas novidades.

Vamos começar o ano!!!!
(Amanhã começo de verdade aqui no blog. Hoje foi só pra dar um oi e mostrar meu bom astral, RE-NO-VA-DO!!!)

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4.12.07

Que tal um café?


Sabe aqueles dias que a gente precisa espairecer?
Então... Quando eu tenho a oportunidade, "fujo" para um café — pode ser na padaria, na cafeteria, no shopping. Em qualquer lugar que não seja o usual. Só pra ver outras coisas, outras pessoas, outras paisagens.
Hoje é um dia que, se eu pudesse, daria essa escapadinha...

E aí, fico sabendo que a Bella Gula, uma cafeteria / confeitaria / gelateria, tem promoção pra ganhar essas lindas canequinhas aí em cima. É uma pena que eu não esteja perto de nenhuma filial, viu? Senão, seria a desculpa perfeita
!

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2.12.07

No clima

Minha mãe montou sua LINDA árvore de Natal:
Como todo ano, é época de enfeitar a casa e preparar-se para o Natal. É nessa época também que sinto mais saudade de minha infância, quando tudo era bom, quando era só esperar o Papai Noel, quando não havia preocupações. Enfim... Como esse tempo não volta, o Natal sempre é bom porque tenho meus sobrinhos, que ainda esperam o bom velhinho.

Por sinal, além do enfeite no detalhe, trouxe para meus sobrinhos, da Alemanha, o Calendário do Advento. É assim: lá, há o costume de as crianças esperarem o dia do advento, contando os dias em um calendário especial. O que significa que, em cada dia, desde 1 até 24
de dezembro, neste calendário, há normalmente um chocolate ou um pequeno presente. Trouxe a tradição pra cá e na minha opinião, é um baita exercício de disciplina — porque eu iria querer abrir todos os dias de uma só vez. Me parece que eles vão seguir as instruções que eu expliquei: um dia de cada vez, até o Natal!

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22.11.07

Uvas no quintal

Margarida é uma pessoa que tem mãos para plantar. Foi ela quem pegou um pauzinho seco de nossa antiga parreira e "enfiou" na terra. Deste pauzinho seco, fez-se uma nova muda e voltamos a ter uma parreira de uvas em nosso quintal. Agora, elas estão assim, verdinhas ainda. Mas como tem muita gente que passa daqui pra lá, de lá pra cá no nosso quintal, estamos de olho para que elas consigam ficar maduras antes que alguém "bique".

Vendo como a parreira está ficando bonita, lembrei-me da fábula de Esopo e, para ilustrar o que é comum dentre muitas pessoas, vou reproduzí-la aqui (retirado do magnífico e raríssimo livro de minha mãe — "Fábulas de La Fontaine" —foi ele quem reescreveu muitas das fábulas de Esopo):

A Raposa e as Uvas

"Certa raposa, quase morta de fome, viu, no alto de uma parreira, umas uvas que pareciam maduras. De bom grado as comeria, mas, como não podia alcançá-las, disse:
— Estão verdes, não prestam, só os cães as podem tragar!
Eis, porém, que cai uma folha. Pensando que era uma uva, mais do que depressa volta o focinho.
E quantos são assim na vida: desprezam, desvalorizam o que não podem conseguir. Mas basta uma pequena esperança, uma mínima possibilidade para que virem, como a raposa, o focinho. Olham à volta, que vós os encontrareis em grande quantidade."

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7.11.07

A verdade escrita

Lendo a Revista Bravo do mês de outubro (sim, estou atrasada com minhas leituras mensais), que está ótima, diga-se de passagem, li um artigo de João Gabriel de Lima muuuito bom, falando sobre os novos escritores, a blogosfera, a atual realidade da literatura — o escrever sem se preocupar em quem exatamente vai ler. E mais: os escritores de hoje que assumem a única profissão de escritor. Ele, João Gabriel, é escritor e também jornalista. Como muitos outros têm outras profissões além de escrever.

Enfim... Se tiver a oportunidade, leia. Antes do artigo, há uma matéria sobre os escritores dos anos 00 e nos fala dos ícones dos anos 80 (Marcelo Rubens Paiva, com "Feliz Ano Velho") e 60 (Fernando Sabino, com "O Encontro Marcado"). A questão é: quem é o escritor da nova geração? E o que ele vai registrar como sendo desta geração?

Voltando: lendo o artigo, achei a opinião do final o máximo:

"Escritores são ladrões de histórias e idéias alheias, mas às vezes prestam crédito."

(Eu não me considero escritora mas sempre achei que tudo que escrevo é uma cópia de alguém, uma vivência de alguém. Por isso, nunca levei muito a sério essa história de ser a dona da história. Porque nunca sou. E achei alguém que concorda comigo!!!)

Nossa... Surtei demais na divagação dessa vez? :P

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2.11.07

Um abraço apertado...

Aqui retorno eu ao lar Brasil!

E o que posso dizer é que estar três horas antes no aeroporto de Amsterdam, ter 12 horas de vôo, mais três horas no aeroporto (entre free-shop e comidinhas, além de resolver se ia pra casa de avião, de ônibus ou a pé) e mais 4 horas de estrada, num ônibus que parecia ter poltronas imensas para dormir (a experiência de um avião é traumatizante em termos de espaço), totalizando quase 24 horas de viagem, foi SUPER reconfortante quando vi minha mãe de olhinhos brilhando com lágrimas e quando ganhei aquele abraço tão esperado...

Meu lugar é aqui. Por mais que o mundo também sempre tenha seu lugar no meu coração.

Agora senta: porque eu vou começar a contar TUDO que vi, que vivi, que presenciei e adorei na Europa. Nossa viagem está só começando!

Que bom que é voltar a escrever!

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28.9.07

Para gostar de ler

Nos últimos tempos ouvi mais de uma pessoa dizendo que acompanha os livros que leio, aqui no blog e que, através da minha "resenha" (gente... O que escrevo não chega nem perto de uma resenha mas, enfim...) acaba por se interessar pelo livro.

Fico muito feliz e muito lisonjeada por influenciar positivamente na leitura dessas grandes amigas. Pra falar a verdade, acho uma delícia, quando as encontro, que discutamos o livro, que falemos, de uma certa forma, de "cultura".

No caso, pra mim, cultura é não reclamar da vida, é falar de arte, é discutir opiniões. Só por isso esse blog, no meu ponto de vista, é um sucesso: porque ele me faz bem e chega a fazer bem a outras pessoas (nesse sentido cultural, é claro)! ;)


E aí, passeando pela Internet, encontrei algo que talvez possa ajudar um pouco mais na leitura de tantos livros que existem para serem devorados: OS MANDAMENTOS DA LEITURA. Eu gostei! Olha só:

"Na opinião do escritor Alberto Mussa, o candidato a devorador de livros deve praticar 10 mandamentos para dedicar-se à literatura.

I – Nunca leia por hábito: um livro não é uma escova de dentes. Leia por vício, leia por dependência química. A literatura é a possibilidade de viver vidas múltiplas, em algumas horas. E tem até finalidades práticas: amplia a compreensão do mundo, permite a aquisição de conhecimentos objetivos, aprimora a capacidade de expressão, reduz os batimentos cardíacos, diminui a ansiedade, aumenta a libido.

II – Comece a ler desde cedo, se puder. Ou pelo menos comece. E pelos clássicos, pelos consensuais.

III – Nunca leia sem dicionário. As palavras nunca são escritas por acaso.

IV – Perca menos tempo diante do computador, da televisão, dos jornais e crie um sistema de leitura, estabeleça metas. Se puder ler um livro por mês, dos 16 aos 75 anos, terá lido 720 livros. Se, no mês das férias, em vez de um, puder ler quatro, chegará nos 900. À razão de um por semana, alcançará 3.120. Com a média ideal de três por semana, serão 9.360. É importante escolher bem o que você vai ler.

V – Faça do livro um objeto pessoal, um objeto íntimo. Escreva nele; assinale as frases marcantes, as passagens que o emocionam.

VI – Não se deixe dominar pelo complexo de vira-lata. Leia muito, leia sempre a literatura brasileira.

VII – Prefira a literatura brasileira, mas faça viagens regulares. Das letras européias e da América do Norte vêm a maioria dos nossos grandes mestres. A literatura hispano-americana é simplesmente indispensável.

VIII – Tente evitar a repetição dos mesmos gêneros, dos mesmos temas, dos mesmos estilos, dos mesmos autores. A grande literatura está espalhada por romances, contos, crônicas, poemas e peças de teatro. Nenhum gênero é, em tese, superior a outro. Não se preocupe com o conceito de gênero: história, filosofia, economia, etnologia, memórias, reportagens, auto-ajuda, viagens, etc.

IX – A vida tem outras coisas muito boas. Por isso, não tenha pena de abandonar pelo meio os livros desinteressantes. O leitor experiente desenvolve a capacidade de perceber logo se um livro será bom ou ruim.

XForme seu próprio cânone. Se não gostar de um clássico, não se sinta menos inteligente. Não se intimide quando um especialista diz que determinado autor é um gênio e que o livro do gênio é historicamente fundamental. O fato de uma obra ser ou não importante é problema dos críticos e escritores. Não leve nenhum deles a sério; não leve a literatura a sério e faça o seu próprio decálogo: nesse momento, você será um leitor."

Fonte: Revista Entre Livros, edição nº. 27, julho de 2007, págs. 48/49.

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20.7.07

Homens são de Marte...

... Mulheres são de Vênus!


À esquerda, Marte — o quarto planeta do Sistema
Solar. À direita, Vênus imagem capturada pelo Telescópio Espacial Hubble em janeiro de 1995.

Abaixo, nosso Planeta, visto à noite, fotografado pela Nasa, de alguma maneira.

No fim, viemos todos do mesmo lugar... E vamos todos virar o mesmo pó!
E eu estou me tornando uma filósofa lunática!


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18.7.07

O comandante do acidente da TAM

Antes de tudo, um pai, um amigo, um “tio” das amigas, um cara muito bem humorado e um ser humano competente e extremamente responsável.

Henrique Stephanini di Sacco era pai de uma amiga. O comandante que estava à frente do vôo JJ 3054, da TAM, que vinha de Porto Alegre, com pouso previsto em Congonhas, ontem à noite, era um pai pra lá de legal, um “tio” que sempre adorava todas as amigas da filha e participava de suas vidas.

Agora, seria avô de seu primeiro neto. Gostava de plantas, curtia a família, batalhava para continuar pilotando, depois de 20 anos de experiência na Transbrasil, que faliu e demitiu todos os seus funcionários (ou quase isso). Virou palestrante e ensinava as pessoas que é fácil viver, “Sem medo de voar”. Queria escrever um livro. E teria muito pra contar: viajou o mundo todo, viu gente famosa, amava sua profissão.

Era um cara muito simples, que se interessava pelas pessoas, se preocupava com elas e extremamente engraçado: trocava de propósito o nome do meu pai, Hugo, por Ivo – só pra deixar a filha constrangida – tudo na gozação. Simpaticíssimo, com seus grandes olhos azuis, careca, cabelos brancos e um sorriso no rosto. Novo para ir, responsável demais pra brincar com coisa séria. Amava demais sua família.

Quando recordo, o que me vem à mente são seu sorriso e seus prazeres simples na vida. Tendo uma profissão tão cheia de glamour (pelo menos há algum tempo atrás), poderia ser muito menos do que era: humilde, sempre mostrou ser grande. Uma ótima pessoa para conviver e se espelhar.

Não podemos escolher a nossa hora – se pudéssemos, tenho certeza que quereríamos ir antes dos nossos entes queridos. A família que fica é quem sofre: será mais fácil culpar quem não pode se defender. Eu não acredito nem por um segundo que o “tio” Henrique teria titubeado. A gente sabe disso. E não dá pra esquecer a crise aérea que o Brasil vem passando; a reforma da pista do aeroporto, que está escorregadia; o mau tempo que deveria ter fechado o aeroporto — "crônica de uma morte anunciada".

Ele deixa sua esposa, a filha e seus dois filhos, uma nora e seu bebê. Além de todos os amigos de seus filhos, que adotou. Além de todos seus amigos e família. Além de todo o seu sorriso – que será sempre lembrado.

Sem medo de voar, o céu agora é dele para sempre!

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29.6.07

Post Secret

(PostSecret is an ongoing community art project where people mail in their secrets anonymously on one side of a homemade postcard.)

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27.6.07

Tá difícil...

"Escrever é sempre esconder algo de modo que mais tarde seja descoberto."

Talvez seja por isso que não ando escrevendo: nada para esconder, tudo para revelar. Sem inspiração para colocar em palavras o que se passa na minha cabeça.

E o que será mesmo que se passa na minha cabeça?
Estou em alfa, talvez...

Mas uma hora eu volto!
Assunto tem, falta comprometimento com o ato de escrever ultimamente....

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2.6.07

Viajar é preciso

Na minha opinião, existem duas categorias principais de viajantes: os que viajam para fugir e os que viajam para buscar. (Érico Veríssimo)

Na minha opinião, Érico Veríssimo tem toda a razão. Mas de qualquer maneira, fugindo ou buscando, a gente sempre se encontra nas viagens que faz.

Digo isso porque já fiz viagem para fugir — e foi quando mais me encontrei: não tive como fugir de mim mesma, de todas as decisões, de todas as conversas que sempre deixava para depois. O tempo da viagem abriu meus olhos e também me doeu muito. Foi uma libertação dolorida: fugindo, encontrei muitas respostas.

As viagens em que busquei coisas, respostas, amigos, vivências, foram as mais inesperadas. Sempre foi assim. Pra essas, eu nunca e sempre estou preparada. Qualquer coisa pode acontecer
— porque você está aberto para isso. Nessas viagens os olhos têm outra visão de tudo, de todos. O cotidiano deixa de acontecer: tudo é novo, tudo é possível. Eu amo isso e duvido qe exista alguém que não goste.

Agora estamos de novo com uma viagem a chegar: já faço planos para a minha viagem em outubro. Lugares a ir, para apresentar a Europa ao Marcelo, grandes amigas pra visitar (e que já estão organizando tudo para nossos festejos por lá).

Essa expectativa é a melhor parte de tudo! Hoje vamos tirar um tempo pra gente, pra namorar mapas, estudar guias de turismo, fazer planos. Não é bom?

Eu sugiro que você faça o mesmo: planeje. Mesmo que não seja para agora, é bom ter cartas na manga, saber o que quer, mesmo sem saber o que busca. As coisas vêm para as pessoas que tem mente e peito aberto!

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25.5.07

Preste atenção: meu frio tem mais flores

Sabe aquela poesia linda, "Canção de Exílio", de Gonçalves Dias?
"Nossa terra tem mais flores, Nossos bosques têm mais vida, nossa vida […] mais amores"

Então... No meu caso é assim: meu frio tem mais flores!
Na porta de casa, temos essa floreira (veja as fotos abaixo) com várias cores da flor "onze horas". Além delas, note também outras flores e o céu super azul (não é Photoshop!). Acho essa época a mais linda do ano pra fazer frio: tem cor!!

E o frio é uma delícia! Dá esse ar romântico que eu adoro! Dá essa vontade de pegar estrada, vontade de fazer algo diferente, de curtir o tempo, de se arrumar, de ficar bonita.

O frio é lindo. Com as cores das flores, melhor ainda!



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13.5.07

O número nove

“Nove”, disse o professor, estudioso de línguas e historiador. “E esse número não é um acaso. O nove é um algarismo simbólico, em muitas línguas européias apresenta semelhanças com a palavra novo. Em português nove e novo. Em espanhol, nueve e nuevo. Em francês, neuf e neuve. Em inglês, nine e new. Em italiano, nove e nuovo. Em alemão neun e neu. Nove significa, por isso, a transição do velho para o novo. Foram nove os primeiros templários, os cavaleiros que fundaram a Ordem do Templo, os que estão na origem da Ordem portuguesa de Cristo. Foram nove os mestres que Salomão enviou à procura de Hiram Abbif, o arquiteto do Templo. Deméter percorreu o mundo em nove dias à procura da filha Perséfone. As nove musas nasceram de Zeus por ocasião das nove noites de amor. São precisos nove meses para o ser humano nascer. Por ser o último dos algarismos singulares, o nove anuncia em simultâneo e nessa seqüência, o fim e o princípio, o velho e o novo, a morte e o renascimento, o culminar de um ciclo e o começo de outro, o número que fecha o círculo...”

Do livro português O Códex 632, que ainda estou lendo. Muito bom. Assim que conseguir o tempo pra terminar de ler, escreverei sobre ele. Achei interessante essa análise sobre o número nove, principalmente porque foi o dia em que nasci. Coincidências à parte, gosto desse número e creio que faz sentido!

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8.5.07

Dez coisas para refletir

"Dez coisas que aprendi com o passar tempo. Dez coisas que levei anos para aprender "
(Por Luís Fernando Veríssimo)

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa. (Esta é muito importante. Preste atenção. Nunca falha.)
2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.
3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.
5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.
6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.
7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".
8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".
9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.
10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.

(Recebi pelo Orkut. Concordo em gênero, número e grau com tudo que ele levou tempos para aprender - na verdade, acho que levou tempo para assimilar, já que a gente sabe de tudo isso mesmo sem saber ou querer saber...)

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23.4.07

Saia Justa, de Salto Agulha e sem vergonha

A Karina, minha grande amiga do Salto Agulha, assistiu ao programa Saia Justa no sábado e acabou por ME colocar numa saia justa: escreveu um texto fenomenal (o que é normal, é claro) e colocou todo mundo a discutir sobre o que temos ou não vergonha – mas, falar sobre isso dá vergonha!

Desafio: assumir seus medos e inseguranças dá vergonha; escrever aqui pra todo mundo ler também dá muita vergonha. Mas não há o menor pudor da gente em elogiar, em querer bem. E, por muito amor que sinto por essa linda pessoa que é essa loira, vou assumir minhas pequenas vergonhas e minhas faltas de vergonhas:

Morro de vergonha:
- Da minha falta de coragem, muitas vezes, de tomar certas atitudes, de falar o que venho ruminando há tempos;
- Quando sou grosseira com alguém indevidamente e só percebo depois que já fiz;
- De “sapatear” (ter um monte de coisas pra fazer e não conseguir sair do lugar, às vezes);
- De colocar biquíni;
- De cair (sou mestra!);
- De quando escrevo sobre sentimentos (mas estou tentando passar por isso!);
- De ser elogiada;
- Dos meus foras fenomenais...
(parênteses de só um deles: na semana passada, dei um fora de matar de vergonha – como trabalho em casa, um cara veio conversar com meu pai e o jardineiro veio me avisar. Eu disse a ele: “diga que meu pai não está – e não estava mesmo – e nem pense em falar que eu estou aqui!” – senão, o cara ia querer conversar comigo, em pleno horário de almoço. Só que, na hora que eu estava falando tudo isso para o jardineiro, que é meio surdo – ou seja, eu falava em alto e bom som –, o cara já estava chegando na porta da minha casa, onde eu estava. Me ouviu!!! Saí correndo pra dentro de casa e não saí de lá até a hora que ele foi embora! O pior é que nesse meio tempo, meu pai chegou e o convidou pra entrar e conversaram durante horas... – Eu quis MORRER de vergonha!!! – esse é só um deles, viu!?)
- Ih! Tem tanta coisa...

Não tenho a menor vergonha:
- De sorrir pra todo mundo;
- De pedir pra me explicarem o que eu não sei;
- De trabalhar (desde o braçal até o intelectual – na verdade, tenho muito orgulho!);
- De assumir meu lado perua, quando dá.
- Ih! Também tem tanta coisa... Mas acho que já dá pra ter uma idéia!

* Key, querida!
Que desafio, hein!?
O mais difícil é parar a lista! ;)
Um beijo!*

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21.4.07

A boa e velha língua portuguesa

Vai mudar!!!

Eu sou neurótica por português. Sempre corrigi todo mundo e sempre odiei minhas falhas com a língua, pegas no ato por amigos que me conhecem muito bem!


Minha maior tara é pela crase - na maioria das vezes, mal utilizada. E agora, vejo que fica cada vez mais próximo o dia que estarei defasada:
o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 exclui a trema de nosso vocabulário; paroxítonas terminadas em "o", não terão mais circunflexo; o acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas também não existirão mais.

Leia tudo aqui: "
Vão seqüestrar o trema!"

Quando vai entrar em vigor, eu não sei. Mas já estou me sentindo uma vovózinha! Como minha tia-avó, que tem seu nome escrito com PH: Ophélia!
Fora de moda, né!? Mas eu acho lindo!

Agora, como será escrever sem os acentos que aprendi a usar quando era pequena? Considero impossível! Isso já está enraigado em mim!

Minha língua mãe quer me deixar a ver navios... Será que precisamos descobrir novos mares, como os portugueses?

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