Ser da realeza �s vezes não adianta

Acabei de ler o livro �Princesa � A hist�ria real da vida das mulheres �rabes por três de seus negros v�usó, de Jean P. Sasson. A autora reconta a hist�ria ver�dica que ouviu de Sultana, princesa �rabe que teve seu nome trocado para não sofrer perseguições ou maiores problemas em seu pa�s, podendo ser morta de alguma maneira cruel.

Sultana � uma princesa na Ar�bia Saudita que não aceita as leis e os sofrimentos pelos quais as mulheres do pa�s são submetidas. Casamentos arranjados, logo quando elas menstruam, com homens que teriam idade para serem seus pais ou até mesmo av�s; a mutilação dos �rgãos genitais; a proibição de serem ativas na sociedade e seres pensantes. Os homens l�em o Corão, livro de Maom� com os ensinamentos que este ouviu de Deus, conforme seus interesses, tornando sempre a mulher um ser inferior.

A princesa conta fatos reais de acontecimentos que a cercaram: a predileção por filhos homens e o desprezo pelas mulheres; o assassinato de filhas pelos pr�prios pais por causa de supostos crimes contra o Corão. O livro � de 1992 e � um apelo da princesa para que o mundo volte os olhos para o sofrimento dessas mulheres. Desde l� até os dias atuais, talvez alguma coisa tenha mudado, mas acredito que as mulheres sofrem até hoje todos os tipos de abusos e muitas vezes são tratadas como animais, sendo vendidas a seus maridos, casando-se sempre em fam�lia e com mu�ulmanos �para que a religião e a fam�lia se propaguem sempre�.

Eu chorei lendo esse livro � e sei que não h� muito que se possa fazer numa tradição milenar e numa nação que � rica gra�as ao petr�leo. O machismo ainda reina em grande parte do mundo e isso � triste. Em tempo: parece que para a maioria dos homens mul�umanos, todas as mulheres que não seguem os mandamentos de Maom� são prostitutas.

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Versóculo do Corão � livro sagrado do islamismo, dividido em 114 Suras (cap�tulos) �, sobre o n�mero de mulheres que um homem pode desposar e as instruções para presente�-las com um dote:

SURA III, 3
Case-se com as mulheres de sua escolha,
duas, três ou quatro;
mas, se tiver receio de não poder
traté-las com igualdade,
então pegue apenas uma mulher
ou uma cativa
que sua mão direita possui,
pois isso ser� mais adequado
para evitar que você
cometa uma injusti�a.
Ao se casar, d� de presente �s mulheres
o dote a que elas t�m direito;
mas se elas, de livre e espont�nea vontade,
lhe devolverem parte do dote,
aceite-o com prazer
e fa�a bom proveito dele.