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Blog da Gabi ;)

Divagações, citações, fotos, livros e viagens. Amigos, família, planos, projetos, música. Opinião, conversa pra jogar fora, vontade de escrever.


10.4.08

Cultura não tão �til mas, interessante

Sabe aquelas coisas que você l� e que quer guardar em algum lugar? Tipo, recortar ou copiar pra não esquecer. só pra ter o que conversar numa mesa de bar ou pra manter assuntos aleatérios atraentes?

Então! Eu ADORO copiar essas informações legais. E estou lendo um livro cheio de coisinhas legais. Em somente 60 p�ginas de "Comer, rezar, amar", veja o que j� escolhi para guardar entre os meus recortes:


- Na �ndia, quando você vai especialmente a lugares sagrados e comunidades que promovem a evolução espiritual, v� v�rias pessoas usando contas em volta do pescoão. Iogues também usam as mesmas contas. Esses cord�es se chamam japa malas. São usados h� sóculos, para ajudar os devotos hindus e budistas a se concentrarem durante a meditação ritual. O colar � segurado com uma das mãos e manipulado em c�rculo � para cada repetição do mantra, toca-se uma conta. Quando os cruzados medievais foram para o Oriente durante as guerras santas, gostaram da t�cnica e levaram a id�ia de volta para a Europa na forma do terão.

- Ciao (palavra de cumprimento em italiano) � uma abreviação de uma expressão usada pelos venezianos medievais como cumprimento informal: Sono il suo schiavo!, ou seja: "Eu sou o seu escravo."

- A Europa era uma confusão de in�meros dialetos derivados do latim que aos poucos, ao longo dos sóculos, se transformaram em alguns idiomas distintos � franc�s, portugu�s, espanhol, italiano. O que aconteceu na Fran�a, em Portugal e na Espanha foi uma evolução orgúnica: o dialeto da cidade mais proeminente se tornou, aos poucos, a l�ngua oficial da região toda. Portanto, o que hoje chamamos de franc�s � na verdade uma versão do parisiense medieval. O portugu�s � na verdade o lisboeta. O espanhol � essencialmente o madrilenho.

Na It�lia foi diferente. Ela só se unificou bem tarde (1861) e, até então, era uma pesónsula de cidades-Estado em guerra entre si, dominadas por orgulhosos pr�ncipes locais ou por outras pot�ncias europ�ias. Assim, não � de espantar que, durante sóculos, os italianos tenham escrito e falado dialetos locais incompreensóveis para quem era de outra região. No sóculo XVI, alguns intelectuais italianos se juntaram e decidiram que isso era um absurdo. A pen�nsula italiana precisava de um idioma italiano, pelo menos na forma escrita, que fosse comum a todos. Então, esse grupo de intelectuais fez uma coisa in�dita na hist�ria da Europa; escolheu a dedo o mais bonito dos dialetos locais e o batizou de italiano.

Ao publicar sua Divina Com�dia, em 1321, descrevendo em detalhes uma jornada vision�ria pelo Inferno, Purgatério e Para�so, Dante Alighieri havia chocado o mundo letrado ao não escrever em latim. Considerava o latim um idioma corrupto, elitista, e achava que o seu uso na prosa respeit�vel havia "prostitu�do a literatura". Em vez disso, Dante foi buscar nas ruas o verdadeiro idioma florentino e usou esse idioma para contar sua hist�ria. Ele escreveu sua hist�ria no que chamava de dolce stil nuovo, o "doce estilo novo" do vern�culo. Os intelectuais escolheram o italiano de Dante a l�ngua oficial da It�lia. O idioma � fundamentalmente dantesco.

- Uma velha canção country texana diz: "I've been screwed and sued and tattooed, and I'm still standin' here in front of you..." (J� fui enganado, processado e tatuado, e ainda estou aqui em p� na sua frente).

Esta �ltima citação caiu como uma luva para o meu atual estado profissional, familiar, sentimental e todo o resto. Completamente fora do eixo mas ainda de p�.

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