Cada religião tem os seus costumes, a sua forma de representar a felicidade da união. No Brasil, o mais comum é o casamento na igreja católica e alguns costumes são iguais para qualquer um. Mas você sabe como eles surgiram?
Tapete vermelho, vestido branco, alianças, flores e bem-casados. Todos são elementos tradicionais dos casamentos, mas seus significados não são conhecidos por grande parte das pessoas. Segundo os historiadores, a história do casamento remonta à Roma antiga, quando teria surgido a cerimônia religiosa com a presença da noiva, vestida especialmente para a ocasião, com destaque para as flores brancas e espinhos presos ao cabelo. As flores representariam a felicidade e a vida longa e os espinhos afastariam os maus espíritos.
Mais tarde foi acrescentado o véu, em referência à deusa greco-romana Vesta, protetora do lar, simbolizando a honestidade e a virgindade, virtudes imprescindíveis para uma boa prole e a continuação do “sangue”, segundo os costumes da época. Foram os romanos também a criar um “direito do casamento”, instituindo a monogamia.
Na Idade Média as mulheres perderam o direito de escolher seus maridos e isso ficou sendo uma decisão das famílias, que reservavam as meninas desde muito cedo para determinado parceiro. O noivado ganhou muita importância, com a troca de alianças entre as famílias comprometidas mutuamente — e financeiramente — através do compromisso dos noivos. Nesta época o vermelho virou a cor preferida dos vestidos de noivas, simbolizando o sangue novo da nova família.
O tradicional vestido branco acompanhado pelo véu teve sua origem na Inglaterra, mais precisamente no casamento da rainha Vitória. Ela também teria inaugurado o “casamento por amor”, o sentimento básico que deveria unir um homem e uma mulher. Foi ela quem estreou a cor branca, sinônimo de pureza e de romantismo. Apaixonada pelo primo, o príncipe Albert de Saxe-Cobourg-Gotha, ela tomou a iniciativa de pedi-lo em casamento (o protocolo de época dizia que ninguém poderia fazer tal pedido a uma rainha). Ele aceitou. Foi a primeira vez que se teve notícias de alguém casar por amor. Vitória foi mais ousada: acrescentou ao seu traje nupcial algo proibido para uma rainha da época — um véu (para provar sua identidade, em público, a soberana jamais se cobria). Nascia aí um costume que atravessaria o tempo e daria a Vitória o reconhecimento de trazer para a nossa época o amor, como sentimento básico para unir um homem e uma mulher. Com a chegada de uma nova classe social — a dos burgueses —, cria-se um código para sinalizar quando a mulher era virgem: casar de branco. Era a garantia ao futuro marido de sua descendência, já que a virgindade significava a legitimidade da prole.
Já o tapete vermelho é uma reverência ao novo casal, um verdadeiro símbolo de comemoração. O fato de estender o tapete relembra a época dos reis e rainhas e proporciona um ambiente luxuoso à chegada dos noivos.
A aliança, sinal de amor eterno teve origem no Antigo Egito. Segundo a tradição, por causa de seu formato arredondado, tornava-se impossível encontrar o seu fim. Desta forma, era utilizada para representar um relacionamento que duraria para sempre. Outra simbologia egípcia era usar o anel no dedo anular da mão esquerda, pois acreditavam que neste dedo havia uma veia que estava ligada diretamente ao coração.
Quanto às flores utilizadas na cerimônia, o buquê da noiva representa fertilidade e o costume de jogá-lo significa dividir sua alegria com as amigas e familiares. Quanto à tradição de colocar uma flor na lapela dos homens, serve para diferenciar o noivo dos padrinhos, sendo o cravo a mais utilizada. Geralmente o noivo usa a cor vermelha e os padrinhos a cor branca, mas isso não chega a ser uma regra.
Para finalizar, o tradicional bem-casado não poderia ser esquecido. O doce é um símbolo antigo, representa duas metades distintas se unindo, tornando-se um só, grudados pela doçura, suavidade compreensão e amor. Deve ser entregue a todos os convidados e estes, se fizerem um pedido antes da primeira mordida, poderão compartilhar da felicidade do novo casal.
Fontes: Neo10 – Assessoria de Eventos e site do Colégio São Francisco
Meu comentário: Tenho um certo arrepio em pensar nesses casamentos tradicionais. Não consigo me ver entrando numa igreja, muito menos de vestido branco. Mas os costumes são interessantes e, com tanta gente à minha volta casando, achei melhor ficar por dentro do assunto! ;)
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